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Operação-padrão de fiscais alonga a espera de fábricas por peças

A morosidade na liberação de cargas nos portos por conta da operação-padrão dos auditores fiscais se tornou um novo gargalo das fábricas que trabalham com estoques enxutos e já vinham lidando com o fluxo irregular no abastecimento de componentes importado

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2022, 08:06:00 Editado em 26.01.2022, 08:12:54
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A morosidade na liberação de cargas nos portos por conta da operação-padrão dos auditores fiscais se tornou um novo gargalo das fábricas que trabalham com estoques enxutos e já vinham lidando com o fluxo irregular no abastecimento de componentes importados.

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Há relatos de atrasos de produção na indústria de aparelhos eletrônicos, que fabrica produtos como notebook e celular e onde também é apontado o risco de a situação forçar paralisações de linhas caso não seja resolvida logo.

O caso também é acompanhado com apreensão na retomada da indústria de automóveis após os recessos de fim de ano. A demora no desembaraço de cargas trouxe dificuldade inesperada para as montadoras, que vêm há um ano gerenciando estoques apertados de matérias-primas por conta de desarranjos surgidos na pandemia tanto de logística quanto de produção.

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Por ora, as fábricas de carros vêm conseguindo, em geral, contornar a dificuldade. O Estadão/Broadcast apurou, contudo, que a produção quase foi interrompida numa grande montadora do interior paulista em função da operação-tartaruga nos portos. No fim, a carga foi liberada a tempo.

Entre os dias 11 e 18 de janeiro, a Abinee, entidade que representa a indústria de eletroeletrônicos, fez uma sondagem com 55 empresas associadas para saber se a operação padrão dos auditores teve reflexo nas atividades. O retorno foi considerado surpreendente: um terço (35%) apontou dificuldades atribuídas à mobilização dos auditores nas importações, a maior delas o atraso no desembaraço de cargas.

As consequências relatadas por essas empresas vão de atraso na produção, comprometendo também os prazos de entrega, a maior custo operacional das importações, multas por não cumprimento de prazos previstos em contratos, e até mesmo, embora em poucos casos, perda de vendas. A saída tem sido procurar os clientes para rever acordos comerciais.

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Risco de parar

"Estamos a cada dia mais preocupados", afirma Humberto Barbato, presidente da Abinee. "O risco de fábricas pararem existe porque as linhas funcionam com planejamento de produção just in time (sistema de estoques ajustados à produção)", acrescenta o executivo.

Segundo Barbato, o resultado da sondagem chama a atenção por revelar um número já considerável de empresas em dificuldade antes mesmo do retorno de muitas fábricas do recesso de fim de ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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