A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023, de 2,1% na última projeção para 2,5% na atual, segundo relatório mensal publicado nesta quinta-feira. Enquanto isso, a previsão para o crescimento em 2024 permaneceu inalterada. De acordo com o cartel, a taxa Selic deve terminar o ano em 12,25% no Brasil, e cair a 8% até o fim de 2024. O relatório pontua que as economias emergentes, com o Brasil entre elas, têm potencial para superar as expectativas de crescimento, diante de melhora na demanda doméstica e no comércio exterior. Além disso, o cenário específico brasileiro tem sido favorecido pelo progresso na reforma fiscal nacional, e também pela melhora do ambiente de investimentos diante da antecipação do alívio monetário pelo Banco Central. A Opep estima que a inflação no país vai ser reduzida até por volta de 5% em 2023, e em 2024 deve terminar ao redor de 4%, ainda bem acima da meta de 3,25% do BC.
No texto, a Opep calcula que o suprimento líquido de combustíveis do Brasil, que inclui também os biocombustíveis, deve aumentar em 0,3 milhões de barris por dia (bpd) na média anual, ficando em 4,1 milhões de bpd. Este valor é maior do que a previsão anterior em 45 mil barris por dia. Já em 2024, a expectativa é de alta ao redor de 120 milhares de barris por dia, para uma média de 4,2 milhões de bpd. Espera-se que a produção de petróleo bruto aumente através da melhora na produtividade nos campos de Búzios, Mero, Tupi, Peregrino e Itapu.
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