A Organização Mundial do Comércio (OMC) promove nesta quarta-feira, 17, o primeiro dia de discussão sobre a revisão da política comercial da China, levando em conta que a importância do país asiático na economia global e no comércio aumentou de forma ainda mais acentuada durante o período de análise, de acordo com documento publicado no website da entidade com sede em Genebra. A revisão ocorre à luz da constante pressão de parceiros comerciais por reformas que abordem os desequilíbrios do país asiático.
Na ausência de reformas, a pressão sobre os membros da OMC para que tenham acesso legítimo a instrumentos de defesa comercial só aumentará, disse o representante permanente da União Europeia na OMC, o embaixador João Aguiar Machado, em comunicado publicado no website do bloco.
A União Europeia enfatizou a importância de China implantar uma estrutura de falência e governança corporativa que funcione corretamente, oferecendo incentivos para que empresas deficitárias eliminem perdas ou saiam do mercado. Outra área de preocupação citada é o impulso da China em direção à substituição de importações e à autossuficiência. "Empresas financiadas por estrangeiros continuam a enfrentar discriminação no mercado chinês", observou o documento da UE.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido saudou alguns esforços do país para melhorar o ambiente de negócios, mas identificou alguns pontos para potencial avanço, como o fato de as leis e regulamentações serem, às vezes, publicadas com pouco aviso prévio, além de terem um teor ambíguo, deixando empresas estrangeiras incertas sobre como cumprir.
Os desafios que a China apresenta ao sistema comercial internacional estão crescendo, disse na quarta-feira o vice-representante permanente dos EUA no organização, David Bisbee, segundo as agências internacionais. O governo americano acusa Pequim de práticas industriais "predatórias" que prejudicam outros países.
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