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Oi tem nova versão de plano de recuperação e espera R$ 20 bi por negócio de fibra

A Oi publicou um fato relevante nesta sexta-feira, 14, informando que preparou uma versão atualizada da sua proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial que será levado para votação em setembro. Segundo a companhia, as mudanças refletem as inte

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.08.2020, 13:49:00 Editado em 15.08.2020, 20:21:16
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A Oi publicou um fato relevante nesta sexta-feira, 14, informando que preparou uma versão atualizada da sua proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial que será levado para votação em setembro. Segundo a companhia, as mudanças refletem as interações com credores e potenciais investidores, inclusive as conversas com o mediador nomeado pelo juízo do processo de recuperação judicial.

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Na versão atualizada da proposta de aditamento, a Oi elevou o valor mínimo que espera embolsar com a venda da sua unidade de fibra ótica (InfraCo) para R$ 20 bilhões.

A medida foi tomada "em função de ampla demanda pelo ativo na fase preliminar do processo de prospecção conduzido por assessor financeiro", explicou a operadora. A primeira proposta previa um valor de R$ 6,5 bilhões por uma fatia correspondente entre 25% e 51% da unidade.

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A Oi também determinou que os interessados em se tornarem sócios do negócio de fibra devem assumir compromisso de pagamento da parcela secundária mínima de R$ 6,5 bilhões e de uma parcela primária de até R$ 5 bilhões, para garantir o pagamento do montante de R$ 2,426 bilhões de dívida da unidade e a execução do plano de investimentos planejado.

A nova versão do plano de recuperação também prevê a possibilidade de criação de uma quinta unidade de negócios a ser alienada, de TV por assinatura. A primeira versão da proposta já determinava a criação de unidades de redes móveis, redes de fibra, torres e data centers.

A unidade TVCo vai abranger todos os ativos e passivos ligados à prestação de serviço pela tecnologia DTH, modalidade de transmissão de televisão digital via satélite que vem caindo em desuso. Quem ficar com a unidade também terá de manter os contratos com a Oi para prestação do serviço de TV por assinatura via internet (IPTV), que é a modalidade de transmissão mais comercializada hoje em dia.

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A operadora explicou que a segregação garante a estratégia de desinvestimento no negócio de DTH, ao mesmo tempo em que possibilita uma participação importante na geração de receitas de conteúdo a partir da prestação de serviços de IPTV com base em equipamentos que permanecerão sob propriedade da Oi.

A venda da TVCo será por meio de certame judicial, por meio da apresentação de propostas fechadas para aquisição de 100% das ações de emissão da sociedade de propósito específico que será criada por R$ 20 milhões, mais o compromisso de dividir 50% da receita líquida do serviço prestado de IPTV a partir do uso da infraestrutura de fibra ótica da Oi.

Assembleia-geral

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O presidente da companhia, Rodrigo Abreu, disse que a empresa está pronta para a assembleia-geral de credores marcada para 8 de setembro, quando será votado o aditamento ao plano de recuperação judicial.

Durante teleconferência com investidores e analistas, Abreu reiterou a avaliação de que a Oi está executando bem seu plano operacional, com foco no desenvolvimento de fibra ótica, somado a controle de custos. Mas ainda é necessário endereçar a questão financeira, de modo a garantir o pagamento das dívidas remanescentes e os investimentos futuros. "Mas ainda precisamos ajustar o lado financeiro. Por isso temos a proposta de aditamento ao plano", frisou. "Confiamos que com esse aditamento seremos entendidos pelos credores."

Balanço

A Oi registrou no segundo trimestre deste ano prejuízo líquido consolidado de R$ 3,409 bilhões no critério atribuído aos controladores. O dado é 118,7% pior do que no mesmo período do ano passado.

O resultado mostra uma degradação da companhia. A tele vem perdendo clientes e a receita líquida de serviços diminuiu 10,5% no trimestre, com piora em todos os segmentos: residencial (-14,8%), móvel (-5,0%) e B2B (-10,8%).

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