O total de ofertas no mercado de capitais brasileiro atingiu R$ 544 bilhões em 2022, aponta balanço da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O volume foi 10,9% menor do que o visto em 2021.
O destaque foi na renda fixa, que alcançou R$ 457 bilhões no ano passado, alta de 6,6% na comparação anual e recorde da série histórica da Anbima, iniciada em 2012. O volume na renda variável sofreu queda de 57% e totalizou R$ 55 bilhões em 2022. Entre os ativos híbridos, o volume de ofertas alcançou R$ 32 bilhões, queda de 40,4% ante 2021.
O destaque de captações ficou com as debêntures, que chegaram a R$ 271 bilhões no ano - alta anual de 8,2%. O volume foi o maior da série iniciada em 2012. A Anbima informa que foram 98 emissões a partir de R$ 1 bilhão, de um total de 465 ofertas. O setor de energia elétrica representa 19,9% do volume total de emissões.
Dentre os ativos de securitização, também houve recorde nos volumes. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) fecharam o ano com volume de R$ 40,8 bilhões, alta de 61,3%, enquanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) tiveram captação de R$ 50,3 bilhões, avanço de 48,5%.
Os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) apresentaram volume de R$ 7,1 bilhões entre agosto de 2021 e dezembro de 2022. Outro novo produto contabilizado pela Anbima, os ativos tokenizados somaram R$ 182 milhões entre maio e dezembro do ano passado.
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