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OCDE melhora projeção para Brasil e espera que PIB cresça 1,9% em 2024 e 2,1% em 2025

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou a sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano, mas ainda vê desaceleração frente a 2023. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter alta de 1,9% em 2024

Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)

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Escrito por Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)
Publicado em 02.05.2024, 07:17:00 Editado em 02.05.2024, 07:22:54
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou a sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano, mas ainda vê desaceleração frente a 2023. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter alta de 1,9% em 2024, acima da estimativa anterior de aumento de 1,8%, conforme relatório do organismo internacional, divulgado hoje. No ano passado, o País cresceu 2,9%.

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"Impulsionados pelo crescimento robusto do emprego, os aumentos do salário mínimo e a diminuição da inflação, espera-se que os gastos das famílias sejam o principal motor do crescimento, especialmente em 2024", diz a OCDE, em relatório publicado hoje.

A organização também melhorou sua expectativa à frente, quando vê a economia brasileira acelerando o passo. A OCDE estima que o PIB do Brasil cresça 2,1% em 2025, ante projeção anterior de 2,0%.

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Mas há riscos de baixa para as projeções econômicas do Brasil, alerta. Segundo a OCDE, maiores tensões geopolíticas e o crescimento mais lento na China, um importante parceiro comercial do País, poderiam atenuar a demanda externa, enquanto desequilíbrios fiscais representam ameaças de pressões inflacionárias.

Nesse sentido, o organismo internacional com sede em Paris, na França, reforça o coro quanto à importância de uma consolidação fiscal no Brasil. "A chave para restaurar a confiança nas finanças públicas está no cumprimento da meta do resultado primário e na implementação do novo arcabouço fiscal", afirma, no documento.

"Uma reforma mais ampla da política fiscal ajudaria a criar espaço fiscal e a melhorar a sustentabilidade da dívida", acrescenta, mencionando benefícios com ajustes do lado das despesas e não apenas na maior captação.

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De acordo com a OCDE, as incertezas quanto a recentes medidas fiscais e ainda pressões nas despesas de saúde e educação podem lançar dúvidas quanto à capacidade de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregar a meta de déficit primário zero prometida para este ano. Ela prevê ainda que o endividamento do Brasil deverá aumentar ligeiramente, porque, no ritmo atual, o orçamento primário não é capaz de estabilizar o nível da dívida nos atuais 75% do PIB.

Inflação e juros

A OCDE espera que a inflação no Brasil continue convergindo para a meta neste e no próximo ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve recuar para 4,0% e 3,3%, respectivamente. Em 2023, foi de 4,6%. "A tendência geral indica uma provável descida adicional da inflação ao longo do ano", diz a OCDE.

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Neste cenário de queda da inflação, a organização espera que a flexibilização da política monetária no Brasil continue ao longo de 2024. Por sua vez, as incertezas no cenário internacional manterão o investimento privado moderado ao longo do ano atual.

"À medida que a inflação diminui ainda mais, são esperados cortes adicionais nas taxas de juros, reduzindo a Selic para 8,75% até ao fim de 2024 e 8,25% até o segundo semestre de 2025", projeta a OCDE.

O organismo internacional pondera, contudo, que o ritmo dos cortes na taxa de juro brasileira pode ser afetado por maiores incertezas internas como questões fiscais, que poderiam afetar a dinâmica do câmbio e da inflação.

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