Os financiamentos para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), já com as novas regras do programa, estão disponíveis desde esta sexta, 7, na Caixa, que tem a expectativa de aumentar o acesso ao crédito imobiliário. Na avaliação da vice-presidente de Habitação do banco, Inês Magalhães, as novas condições de juros e subsídios devem contribuir para baixar o valor de entrada dos financiamentos do MCMV - principal entrave para o acesso ao crédito com recursos do FGTS. O MCMV foi relançado este ano pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, após a iniciativa assumir o nome de Casa Verde Amarela sob Jair Bolsonaro.
"Há um conjunto de famílias de renda baixa que tem certa organização financeira, que pode ser inserida no mercado de crédito. Todo mundo sabe que o entrave principal é a entrada, porque a prestação fica parecida com o valor do aluguel", argumentou Inês Magalhães, que já foi secretária de Habitação e ministra das Cidades, em conversa com jornalistas.
Nas novas regras, houve um fatiamento das faixas do programa para permitir juros menores para rendas mais baixas. Por exemplo, na Faixa 1, que compreende renda familiar de até R$ 2.640, quem ganha até R$ 2 mil teve redução na taxa, de 4,25% para 4% nas regiões Norte e Nordeste e de 4,5% para 4,25% no restante do País. Houve também atualização dos valores de subdivisões da Faixa 2 (até R$ 4,4 mil). Os limites superiores da Faixa 2 e 3 (até R$ 8 mi), por sua vez, foram mantidos.
Subsídio
Outra mudança foi o aumento do valor máximo do subsídio do FGTS, de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil, que pode ser acessado pelas faixas 1 e 2 do MCMV. Na avaliação da Caixa, essas condições, aliadas ao maior prazo de empréstimo (de até 35 anos), aumentam o montante do imóvel que pode ser financiado, reduzindo o valor que comprador tem de dar de entrada.
Em uma simulação realizada pelo banco para o financiamento de um imóvel de R$ 167 mil em Salvador para uma família de renda de R$ 1.650, o valor de entrada cai de R$ 35,7 mil para R$ 200, com a ampliação do subsídio (R$ 47,5 mil para R$ 55 mil), do prazo do empréstimo (30 para 35 anos) e a redução do juro (4,25% para 4%). O comprometimento de renda passa de 25% para 30%. "A gente consegue reduzir o valor de entrada, esse é o grande ganho que foi buscado para as menores faixas de renda", destacou o diretor de Habitação, Rodrigo Wermelinger.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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