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Novo bloqueio e déficit fiscal maior

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta quarta, 22, bloqueio adicional de R$ 1,1 bilhão em despesas no Orçamento deste ano. Com isso, o contingenciamento em 2023 para o cumprimento do teto de gastos passou para R$ 5 bilhões. A equipe

Bianca Lima, Fernanda Trisotto, Amanda Pupo e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)

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Escrito por Bianca Lima, Fernanda Trisotto, Amanda Pupo e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)
Publicado em 23.11.2023, 07:12:00 Editado em 23.11.2023, 07:19:36
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Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta quarta, 22, bloqueio adicional de R$ 1,1 bilhão em despesas no Orçamento deste ano. Com isso, o contingenciamento em 2023 para o cumprimento do teto de gastos passou para R$ 5 bilhões. A equipe econômica também ampliou em R$ 36 bilhões a estimativa de rombo nas contas públicas. A previsão agora de déficit para 2023 é de R$ 177,4 bilhões, o equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo cálculos do Tesouro Nacional. A previsão anterior, de setembro, previa que as despesas superariam as receitas (sem considerar os gastos com juros) em R$ 141,4 bilhões (1,3% do PIB). O valor do déficit, porém, é ainda mais elevado se for considerada a metodologia do Banco Central, que é a usada para aferir a meta fiscal. Neste caso, o rombo previsto é de R$ 203,4 bilhões, o equivalente a 1,9% do PIB - apenas R$ 10,2 bilhões abaixo da meta prevista para este ano e quase o dobro do patamar almejado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O BC, que é responsável por consolidar o resultado das contas públicas, já havia informado que não consideraria as receitas de exercícios anteriores ou privatizações para o resultado primário - é o caso das contas do PIS/Pasep e os recursos oriundos da venda da Copel, que somam R$ 26 bilhões. "Temos uma divergência técnica. Foram levantados R$ 26 bilhões que foram contabilizados como acima da linha pelo Tesouro, e o Banco Central entende que seria abaixo da linha. Não tem efeito prático", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Segundo ele, a metodologia do BC remonta à época da hiperinflação, quando o governo não tinha condições de calcular as receitas e despesas. "Isso não é o que há de mais moderno." Para a equipe econômica, a piora no resultado foi puxada por diversos fatores. No caso das receitas, a incerteza em relação a futuros depósitos judiciais da Caixa Econômica Federal e a menor inflação influenciaram o resultado. "São R$ 12,6 bilhões relativos a depósitos judiciais da Caixa, que podem não ocorrer neste ano. Foi mais prudente retirar do relatório", disse o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Paulo Bijos. Outros R$ 9 bilhões estão relacionados a tributos federais afetados pela redução da inflação. Do lado das despesas, o aumento foi puxado pelas compensações a Estados e municípios por perdas do ICMS e dos fundos de participação e recomposição do mínimo da Saúde, que acarretará um aumento de gastos de R$ 4,3 bilhões. Apesar das surpresas negativas em 2023, o secretário do Tesouro afirmou que "nada muda" sobre o compromisso da equipe de zerar o déficit em 2024. As informações são do jornal

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O Estado de S. Paulo.

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