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No IPCA, inflação de serviços passa de alta de 0,52% em abril para queda de 0,06% em maio

A inflação de serviços - usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços - passou de uma elevação de 0,52% em abril para um recuo de 0,06% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Naci

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 07.06.2023, 12:20:00 Editado em 07.06.2023, 12:25:37
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A inflação de serviços - usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços - passou de uma elevação de 0,52% em abril para um recuo de 0,06% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Já os preços de itens monitorados pelo governo saíram de uma elevação de 0,86% em abril para aumento de 0,72% em maio.

No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 7,49% em abril para 6,51% em maio, a menor desde março de 2022, quando estava em 6,29%. Já a inflação de monitorados em 12 meses saiu de -2,10% em abril para -0,90% em maio.

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Segundo André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE, a inflação acumulada pelos serviços vem desacelerando há meses, após atingir um pico em meados do ano passado sob a influência do consumo reprimido após a melhora da pandemia.

Almeida aponta que o IPCA vem pressionado mais recentemente pelos itens monitorados. Ele enumera que, em maio, houve impacto de reajustes na taxa de água e esgoto, energia elétrica, plano de saúde e ônibus urbano, por exemplo.

"A maior parte de subitens nos principais impactos positivos são preços administrados", afirmou. "No top cinco itens de maior pressão em maio, quatro são itens monitorados. No caso de perfumes, o fator que pode ter influenciado pode ter sido Dia das Mães, que ocorre em maio e movimenta o mercado de perfumes", lembrou Almeida.

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Em maio, os itens que mais pressionaram o IPCA foram jogos de azar (0,05 ponto porcentual), taxa de água e esgoto (0,05 p.p.), plano de saúde (0,05 p.p.), emplacamento (0,04 p.p.) e perfume (0,04 p.p.). Por outro lado, houve alívio da passagem aérea (-0,11 p.p.), gasolina (-0,10 p.p.), mamão (-0,02 p.p.), óleo de soja (-0,02 p.p.) e óleo diesel (-0,01 p.p.).

"Podemos ter algum efeito de demanda em alguns itens específicos", frisou Almeida, citando como exemplo os perfumes, em função do Dia das Mães.

O pesquisador lembra que o IPCA acumulado em 12 meses tem desacelerado desde junho do ano passado, chegando a maio de 2023 em 3,94%. Todas as variações mensais em 2023 foram inferiores às respectivas taxas mensais vistas em 2022, ressaltou.

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"Nos últimos 12 meses, a gasolina foi o subitem de maior contribuição negativa, com queda de 26,48%", mencionou Almeida.

A gasolina, item de maior peso no orçamento das famílias, contribuiu com -1,81 ponto porcentual para o IPCA em 12 meses.

Para as próximas leituras da inflação, está no radar do IBGE o impacto do pacote do governo de redução de preços de automóveis.

"Foi anunciado no dia 5, anteontem, o programa desenvolvido pela Fazenda com objetivo de reduzir preço de carros, caminhões e ônibus", lembrou Almeida. "Nosso objetivo é medir o movimento de preços para o consumidor final", frisou.

Segundo ele, o IBGE vai buscar os preços no varejo junto aos informantes, que são as principais concessionárias de automóveis, para verificar se houve efetivamente variação ao consumidor.

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