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No 1º dia do Copom, Lula volta a atacar taxa de juros e o presidente do BC

No primeiro dia da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a atacar o patamar dos juros no País e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em entrevista ao vivo à TV

Giordanna Neves e Sofia Aguiar (via Agência Estado)

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Escrito por Giordanna Neves e Sofia Aguiar (via Agência Estado)
Publicado em 21.03.2023, 11:21:00 Editado em 21.03.2023, 11:25:29
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No primeiro dia da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a atacar o patamar dos juros no País e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em entrevista ao vivo à TV 247, Lula afirmou que é "irresponsabilidade" da autoridade monetária manter os juros em 13,75% ao ano e disse achar que Campos Neto não tem compromisso com a lei que determinou a autonomia do BC.

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Para Lula, só o sistema financeiro concorda com esse nível de juros. "Não há nenhuma razão, nenhuma explicação, nenhuma lógica, só quem concorda com juros alto é o sistema financeiro, que sobrevive e vive disso. E ganha muito dinheiro com as especulações. Mas as pessoas sérias que trabalham, os empresários que investem, sabem que não está correto", disse o presidente aos jornalistas.

E emendou: "Eu acho que o presidente do Banco Central não tem compromisso com a lei que foi aprovada de autonomia do BC. A lei diz que é preciso cuidar da responsabilidade da política monetária, mas é preciso cuidar da inflação também, do crescimento do emprego, coisa que ele não se importa."

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Lula disse que vai continuar "batendo" e "tentando brigar" para que haja uma redução nos juros brasileiros que, segundo ele, não estão embasados por razão, explicação ou lógica.

Ele afirmou nunca ter se importado com autonomia do Banco Central e lembrou que, só daqui a dois anos, poderá mudar o presidente do órgão.

Crescimento do País

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Na mesma entrevista, o presidente Lula relembrou o êxito econômico conquistado durante suas gestões passadas e assumiu que, atualmente, o cenário para fazer com que a economia volte a crescer não está fácil.

Lula destacou que é preciso fazer "as coisas que têm que ser feitas", ao citar o restabelecimento da política de financiamento, a retomada das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e o estímulo ao crédito para pequenos e médios produtores, e emendou: "Não fiquem preocupados com a economia porque vamos fazer a economia voltar a crescer."

"Eu sei que agora não tá fácil (fazer economia crescer). Não está fácil no mundo, não está fácil no Brasil, na América do Sul, na América Latina, nos Estados Unidos Mas eu acho que precisamos fazer as coisas que têm que ser feitas para a economia voltar a crescer", disse Lula durante a entrevista ao vivo à TV 247. "Precisamos estabelecer uma política de financiamento. Com os poucos recursos que nós temos, temos que fazer com que PPP volte a funcionar e incentivar a construção de PPP, voltando a parceria entre setor público e setor privado. Precisamos fazer muito crédito mesmo", afirmou.

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