MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Neurotech: demanda por crédito no País sobe 25% em março ante fevereiro

A procura por financiamento no Brasil teve declínio de 6% em março em relação a igual mês de 2022, marcando a quarta retração seguida, conforme o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). Porém, interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

·
Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 30.04.2023, 11:11:00 Editado em 30.04.2023, 11:13:28
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A procura por financiamento no Brasil teve declínio de 6% em março em relação a igual mês de 2022, marcando a quarta retração seguida, conforme o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). Porém, interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas na casa de dois dígitos na comparação interanual - em fevereiro caiu 21%.

continua após publicidade

Além disso, saiu do território contracionista na margem, depois de recuar em dezembro (-17%), janeiro (-5%) e fevereiro (-13%). No confronto de março deste ano com o mês anterior, o indicador que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços teve salto de 25%.

A queda de 6% do INDC no terceiro mês de 2023 ante março do ano passado foi puxada pelo varejo (-25%). Já a demanda por crédito em bancos e financeiras subiu 2% no confronto interanual e cresceu 35% em relação a fevereiro deste ano. O segmento de varejo e de serviços cresceu 8% cada um.

continua após publicidade

Para Breno Costa, diretor da Neurotech e responsável pelo indicador, apesar de os números de março serem bem melhores do que os meses anteriores, ainda não há muito o que comemorar. Segundo ele, é preciso ponderar a sazonalidade. "Fevereiro é um mês mais curto e, este ano, o carnaval também reduziu a quantidade de dias úteis. Portanto, não é de se estranhar este crescimento que não significa uma reversão de tendência ainda", pondera.

Como o INDC mensura a procura por crédito novo, Costa considera que uma retração não significa que haja uma queda do volume de crédito como um todo, "pois a prioridade dos concessores é a rentabilização dos clientes que já fazem parte da sua carteira. O momento é de mais conservadorismo na aquisição de novos contratantes por conta da conjuntura econômica, marcada por juros e inadimplência elevados", diz.

Em cenário de juros reais elevados, o executivo acrescenta também que a crise no varejo permanece como fator de preocupação. Isso porque o setor tem dificuldade em repassar o custo mais alto do capital aos clientes finais. Além disso, completa, a inadimplência elevada e o comprometimento da renda das famílias prejudicam as vendas e a oferta de crédito novo, impactando a demanda.

continua após publicidade

Setores

No varejo, o ranking do INDC por segmento em março ante igual mês de 2022 ficou assim: supermercados (-33%); outros (-30%); eletroeletrônicos (-28%); vestuário (-8%); lojas de departamentos (-3%) e móveis (alta de 30%).

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Neurotech: demanda por crédito no País sobe 25% em março ante fevereiro"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!