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Não tem sentido limitar parcelamento sem juros, foi conquista da sociedade, diz deputado

O deputado Alencar Santana (PT-SP), relator da Medida Provisória do Desenrola, que também inclui a discussão sobre os juros do cartão de crédito, afirmou nesta quinta-feira, 24, que não há sentido em limitar o parcelado sem juros e que o tema não consta d

Thaís Barcellos e Giordanna Neves (via Agência Estado)

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Escrito por Thaís Barcellos e Giordanna Neves (via Agência Estado)
Publicado em 24.08.2023, 17:20:00 Editado em 24.08.2023, 17:25:41
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O deputado Alencar Santana (PT-SP), relator da Medida Provisória do Desenrola, que também inclui a discussão sobre os juros do cartão de crédito, afirmou nesta quinta-feira, 24, que não há sentido em limitar o parcelado sem juros e que o tema não consta de seu parecer. "Foi conquista da sociedade brasileira", disse, em coletiva de imprensa para apresentar os detalhes do relatório. Segundo o deputado, a expectativa é apresentar oficialmente seu parecer até 19 horas desta quinta.

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Em relação ao parcelado sem juros, Alencar explicou que houve discussão com alguns setores que queriam limitar as parcelas. Há duas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em sessão para prestação de contas no Senado, que a solução para os juros do rotativo estava se encaminhando para o fim do produto e acrescentou que poderia haver algum desincentivo para o parcelado sem juros "longo".

Conforme interlocutores do Congresso ouvidos pela reportagem, os bancos têm pressionado para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) tenha poder para decidir sobre o parcelado e também para que haja limitação ou extinção imediata da modalidade. Os bancos também defendem que a tarifa máxima de 100% dos juros do rotativo do cartão só valha por um ano, podendo aumentar depois, segundo fontes.

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Mas a sinalização dos líderes é de que não há acordo para votação da MP se houver mudanças no parcelado. O parecer de Alencar deve ser apresentado no colégio de líderes na próxima terça-feira.

O parcelado sem juros é considerado uma "jabuticaba" brasileira, uma vez que, uma operação de crédito de longo prazo, devido ao seu risco, deveria ser mais cara do que o pagamento à vista. Mas é uma opção muito usada pela população brasileira. Nos bastidores, os grandes bancos argumentam que a limitação da modalidade é um requisito para baixar os juros ou para acabar com o rotativo, uma vez que afirmam que as taxas são elevadas no rotativo porque precisam compensar o parcelado sem juros.

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