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'Não queremos maquiar as contas públicas', afirma Haddad, em debate no Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 27, em debate sobre juros no Senado, que o governo não quer maquiar as contas públicas, criticando medidas tomadas pela gestão anterior, do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Hadd

Thaís Barcellos, Eduardo Rodrigues e Caio Spechoto (via Agência Estado)

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Escrito por Thaís Barcellos, Eduardo Rodrigues e Caio Spechoto (via Agência Estado)
Publicado em 27.04.2023, 14:31:00 Editado em 27.04.2023, 14:34:50
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 27, em debate sobre juros no Senado, que o governo não quer maquiar as contas públicas, criticando medidas tomadas pela gestão anterior, do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Haddad ainda disse que não é possível fazer ajuste fiscal em cima do trabalhador brasileiro.

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"Não queremos maquiar as contas públicas. Não vamos fazer ajuste fiscal dando calote em precatórios. Não vamos baixar a inflação tirando dinheiro do governado. Não vamos fazer esse tipo de maquiagem. Temos que voltar a ter transparência nas contas públicas", destacou o ministro da Fazenda.

Haddad afirmou ainda que está mais otimista com a economia brasileira do que muitas expectativas externadas durante o evento no Senado, em caso de sucesso do andamento do arcabouço fiscal e harmonia entre a política fiscal e monetária.

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"Sou muito mais otimista com a economia brasileira do que muitas das falas aqui. Não sou otimista inveterado. Não se trata de ser otimista ingênuo, mas estamos diante de oportunidade de fazer o País crescer se alguns parafusos forem apertados", disse Haddad no debate, que também contou com participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. "Se monetária e fiscal se harmonizarem, não há razão para preocupação. Não vejo nenhuma razão que nos impeça de crescer a partir do ano que vem a taxas muito superiores", completou.

Haddad ainda comentou as viagens internacionais que tem feito e as intenções de investimento no Brasil que tem ouvido ao redor do mundo.

Sobre as declarações dos setores econômicos, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Haddad afirmou que não vêm trazendo pressão política, mas depoimento sobre os desafios da produção em um ambiente tributário desorganizado. "Há apetite em investir no Brasil, mas temos que nos voltar para o que é possível e justo. Temos que permitir que variáveis macro se ajustem para crescer com responsabilidade social, fiscal e ambiental."

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