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Não há mudança na política de intervenção do BC no mercado de câmbio, diz diretor

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, enfatizou nesta terça-feira que não há nenhuma mudança na política de intervenções do BC no mercado de câmbio. Para Kanczuk, a política de intervenções do BC "não irá mudar de maneira nenhum

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.10.2021, 14:16:00 Editado em 19.10.2021, 14:24:58
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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, enfatizou nesta terça-feira que não há nenhuma mudança na política de intervenções do BC no mercado de câmbio. Para Kanczuk, a política de intervenções do BC "não irá mudar de maneira nenhuma".

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"O nível do câmbio não importa e nem o impacto nas projeções de inflação. As intervenções no câmbio têm a mesma motivação, não mudaram. O BC intervém quando há algum tipo de mau funcionamento no mercado", respondeu Kanczuk, em participação no JP Morgan Investor Seminar.

A partir da quarta-feira, 20, diretoria colegiada do BC entra em período de silêncio prévio à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.

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O diretor reconheceu, porém, que o BC tem tido dificuldades em entender os movimentos do real frente ao dólar. Segundo ele, nem a taxa de juros, nem a saída do overhedge e nem a valorização das commodities têm sido hipóteses suficientes para explicar a volatilidade da moeda.

"Há mais países com mesmo problema, com moeda não reagindo a termos de troca. Há questão fiscal, mas câmbio deprecia mais do que a curva de juros sugere. Também não compro a história de que câmbio reage a maior investimento no exterior", acrescentou Kanczuk. "É muito difícil de saber o que está acontecendo com a taxa de câmbio. Não é a primeira vez na minha vida que não entendo o que está havendo com o câmbio", admitiu.

Reação ao Fed

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O diretor de Política Econômica do Banco Central considerou nesta terça que a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem grande impacto nos fluxos de recursos para países emergentes, com maior sofrimento para aqueles países com maiores problemas fiscais, como o Brasil. Por isso, ele reformou que o Copom deve reagir aos movimentos do BC norte-americano. "Copom discute bastante eventuais apertos monetários em países desenvolvidos. No passado, quando Fed apertou política inesperadamente machucou emergentes. Se o Fed começar mais cedo esse movimento, a reação do Copom só poderá ser uma política monetária mais apertada. Não há outra maneira", respondeu.

Kanczuk ponderou, porém, que o BC tem o benefício de poder esperar um pouco e não reagir imediatamente às ações do Fed, ao contrário do mercado.

"Não precisamos atuar antes. Não é uma reação mecânica. Tomaremos uma decisão mais bem informada após a reação do mercado. Essa a única vantagem de estar do lado de cá da parede", completou o diretor do BC.

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