O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reclamou nesta quarta-feira, 13, que terceirização e a redução dos salários estariam levando os jovens a não aceitarem as vagas oferecidas no mercado, de um salário mínimo (R$ 1.320) ou pouco mais. "Um jovem que vai para a universidade, se forma, e depois vê ofertas de um salário mínimo, um salário mínimo e meio. Não é possível que uma empresa nacional ou multinacional queira oferecer um salário tão degradante para um jovem que se esforçou tanto para entrar no mercado de trabalho", afirmou, em entrevista à EBC.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.032,56 em julho deste ano. Comparado ao mês anterior, houve aumento de R$ 19,33 no salário médio de admissão.
Para o ministro, o crescimento do emprego informal "não é tão ruim", pois seria um indicativo de melhora da economia que antecederia uma formalização maior dos trabalhadores.
De janeiro a julho de 2023, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou um saldo positivo de 1,166 milhão de vagas com carteira assinada, menor que a criação líquida de 1,613 milhão de postos formais no mesmo período do ano passado.
"Temos uma previsão para o ano de saldo de 2 milhões. Poderia ser mais, 2,4 milhões ou 2,7 milhões, se outros indicadores da economia estivessem acompanhando. Principalmente o custo do crédito. Ou seja, a danada da Selic precisa continuar caindo para alavancar a indústria e outros setores", repetiu o ministro.
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