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Na taxa interanual do PIB, quem está puxando para cima continua sendo o agro, ressalta IBGE

O avanço de 8,8% na agropecuária no terceiro trimestre de 2023 ante igual período de 2022 foi o componente que puxou a elevação de 2,0% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Institu

Daniela Amorim e Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim e Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado)
Publicado em 05.12.2023, 14:23:00 Editado em 05.12.2023, 20:07:15
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O avanço de 8,8% na agropecuária no terceiro trimestre de 2023 ante igual período de 2022 foi o componente que puxou a elevação de 2,0% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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"O grande destaque do ano é esse crescimento na agropecuária. A taxa interanual quem está puxando para cima continua sendo a agropecuária", afirmou Palis.

No PIB do terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, a alta do Valor Adicionado a preços básicos foi de 2,1%, enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 1,2%.

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A expansão da Agropecuária foi impulsionada pelo desempenho de produtos com safras relevantes no terceiro trimestre, como: milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%). Houve contribuição positiva ainda da pecuária.

Já o PIB da indústria teve alta de 1,0%, graças à atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com elevação de 7,3%, que foi favorecida pelo maior consumo de eletricidade, principalmente residencial, e pelas bandeiras verdes do ano. O período de forte calor favorece um maior consumo de eletricidade e água, acrescentou Palis.

As Indústrias extrativas cresceram 7,2%, puxadas pela maior extração de petróleo e gás. Já a Construção recuou 4,5%, devido a retrações da ocupação e da produção dos insumos típicos dessa atividade.

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"Esse ano não está sendo bom para a construção, porque é muito afetada pelos juros altos", lembrou Palis.

Ainda no PIB industrial, houve queda de 1,5% nas Indústrias de transformação, influenciada, sobretudo, por perdas em máquinas e equipamentos, produtos químicos, indústria automotiva e metalurgia.

Já o PIB de Serviços subiu 1,8% no terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, com destaque para a alta de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%). Houve avanços também nas Atividades imobiliárias (3,6%), Informação e comunicação (1,6%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Outras atividades de serviços (1,1%), Comércio (0,7%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%).

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Pelo lado da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 3,3%, turbinado pelos auxílios governamentais às famílias e pela melhora no mercado de trabalho. O Consumo do Governo cresceu 0,8% no período.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) recuou 6,8% no terceiro trimestre de 2023, com perdas tanto na produção doméstica de bens de capital quanto na importação desses bens, além de recuo na construção.

O setor externo contribuiu positivamente para o PIB do terceiro trimestre, lembrou Palis. As Exportações de Bens e Serviços subiram 10,0%, devidos a avanços na agropecuária, extrativa mineral, derivados do petróleo, produtos alimentícios e serviços. As Importações de Bens e Serviços recuaram 6,1%, com quedas em máquinas e equipamentos, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos farmacêuticos.

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