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Na 1ª queda desde 2020, Fed reduz juro em 0,5 ponto e indica mais cortes

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira, 18, para a faixa entre 4,75% a 5% ao ano. A redução, decidida por 11 votos a 1, é a primeira desde 2020, primeiro ano da pandemia

Francine de Lorenzo, Gabriel Tassi Lara, Laís Adriana, Mateus Fagundes, Patrícia Lara, Ricardo Leopoldo e Thais Porsch (via Agência Estado)

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Escrito por Francine de Lorenzo, Gabriel Tassi Lara, Laís Adriana, Mateus Fagundes, Patrícia Lara, Ricardo Leopoldo e Thais Porsch (via Agência Estado)
Publicado em 19.09.2024, 07:35:00 Editado em 19.09.2024, 07:38:55
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O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira, 18, para a faixa entre 4,75% a 5% ao ano. A redução, decidida por 11 votos a 1, é a primeira desde 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, que aumentou a inflação no país e levou o Fed a endurecer a política monetária. Entre 2022 e 2023, houve 11 aumentos na taxa básica.

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Em comunicado, o Fed disse que os dirigentes do órgão têm hoje "maior confiança de que a inflação está se movendo sustentavelmente em direção a 2% (meta da instituição) e julga que os riscos de atingir seus objetivos para emprego (criação de vagas) e inflação estão aproximadamente equilibrados". De acordo com o documento, "o cenário econômico é incerto e o comitê está atento aos riscos".

O comunicado ressaltou ainda que os dirigentes do Fed "estão fortemente comprometidos em manter o máximo emprego e retornar a inflação para seu objetivo (meta) de 2%".

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A inflação caiu de um pico de 9,1% em meados de 2022 para 2,5% em agosto, patamar mais baixo em três anos e não muito acima da meta.

Os dirigentes da autoridade monetária americana sinalizaram que devem cortar mais meio ponto porcentual nas duas últimas reuniões deste ano, em novembro e dezembro. E também apontou que deve fazer mais quatro cortes em 2025 e dois em 2026.

"Sabemos que é hora de recalibrar nossa política (de taxa de juros) para algo mais apropriado, dado o progresso (de queda) na inflação", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva.

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Em um conjunto atualizado de projeções, os dirigentes do Fed agora preveem uma queda mais rápida na inflação do que há três meses, mas também um desemprego mais alto. Eles estimam que seu indicador de inflação preferido cairá para 2,3% até o final do ano, dos atuais 2,5%, e para 2,1% até o final de 2025. E espera também que a taxa de desemprego suba ainda mais este ano, para 4,4% (agora está em 4,2%) e permaneça nesse patamar até o final de 2025. O número está acima das previsões anteriores de 4% para o final deste ano e 4,2% para 2025.

Mudança de tom

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), alterou a redação do trecho do seu comunicado que trata da inflação, destacando progressos. No comunicado anterior, o Fomc dizia no fim do primeiro parágrafo que "a inflação diminuiu no ano passado, mas continua um pouco elevada. Nos últimos meses, houve algum progresso adicional em direção à meta de inflação de 2% do comitê".

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Desta vez, substituiu o trecho por "a inflação fez mais progressos em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um tanto elevada". No texto de 31 de julho, os dirigentes do Fed consideravam que o comitê "julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se mover para um melhor equilíbrio".

O único voto contrário à redução de 0,50% foi da diretora Michelle Bowman, que votou por um corte de 0,25 ponto.

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A próxima reunião de política do Fed será em 6 e 7 de novembro - imediatamente após a eleição presidencial.

Perspectivas

O corte na taxa básica de juros pelo Fed deve, ao longo do tempo, levar a menores custos de hipotecas, empréstimos e cartões de crédito, impulsionando as finanças dos americanos, o que deve gerar mais gastos e crescimento da economia. (COM ASSOCIATED PRESS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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