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Moody's eleva nota e Brasil fica mais próximo do grau de investimento

A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta terça-feira, 1º, a elevação da nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, deixando o País a apenas um degrau do chamado grau de investimento - o selo de bom pagador. A perspectiva para o rating br

Célia Froufe e Giordanna Neves e Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)

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Escrito por Célia Froufe e Giordanna Neves e Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)
Publicado em 02.10.2024, 07:07:00 Editado em 02.10.2024, 07:12:34
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A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta terça-feira, 1º, a elevação da nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, deixando o País a apenas um degrau do chamado grau de investimento - o selo de bom pagador. A perspectiva para o rating brasileiro também continua positiva. A elevação da nota acontece exatamente cinco meses depois de a agência ter mudado de "estável" para "positiva" a perspectiva para o rating do País.

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"A elevação reflete melhoras materiais no crédito, que esperamos que continuem, incluindo um crescimento mais robusto do que o anteriormente estimado e um histórico crescente de reformas fiscais e econômicas que emprestam resiliência ao perfil de crédito", disse a Moody's, em comunicado.

A agência ressaltou, porém, que a credibilidade do arcabouço fiscal é ainda "moderada", e que isso se reflete no custo "relativamente elevado" da dívida do País. "Um crescimento mais robusto e uma política fiscal consistentemente aderente ao arcabouço permitirão que a dívida se estabilize no médio prazo, ainda que em níveis relativamente elevados."

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Ao comentar a elevação do rating, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que "o relatório da Moody's está em linha com o que defendemos". "Eu penso que, se o governo, como um todo, compreender que vale a pena esse esforço, que esse esforço que está sendo feito produz os melhores resultados, e continuarmos sem baixar a guarda em relação às despesas, em relação às receitas, fazendo o nosso trabalho, acredito realmente que nós temos chance de completar o mandato do presidente Lula obtendo o grau de investimento", disse Haddad.

O Brasil recebeu o grau de investimento pela primeira vez em abril de 2008, no segundo mandato do presidente Lula, mas o perdeu em setembro de 2015, na gestão Dilma Rousseff.

O rating, ou a classificação de risco, é uma nota que as agências especializadas atribuem a um país, empresa ou projeto. E indica a qualidade de crédito do emissor de títulos. Quanto mais alta for essa nota, menor o risco de calote do emissor (país ou empresa). Muitos fundos de pensão internacionais, por exemplo, têm autorização para comprar apenas títulos considerados pelas agências como "investment grade" (grau de investimento).

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Na avaliação das duas outras grandes agências de rating - a S&P e a Fitch -, o Brasil continua também sendo um país de grau "especulativo" para investir.

Sócio da Tendência Consultoria, o ex-ministro Maílson da Nóbrega viu como positiva a elevação da nota do País, mas, a exemplo de outros economistas, tem dúvidas sobre a eficácia da política fiscal (mais informações na pág. B2). "Acho pouco provável que o grau de investimento volte na gestão de Lula porque as agências olham a rigidez orçamentária que impede a geração de superávits para estabilizar a relação entre a dívida e o PIB. Esse é o elemento essencial para restabelecer o 'investment grade'."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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