Para a Moody's, o acordo sobre o teto da dívida do governo norte-americano é consistente com a classificação Aaa e a perspectiva estável dos Estados Unidos, assim como foi condizente com a expectativa anterior da agência de que os legisladores evitariam um default. Em relatório, a Moody's aponta que, no médio prazo, o aumento dos déficits fiscais e a redução da capacidade de pagamento da dívida serão os principais desafios para o rating do país.
"Nossa avaliação das instituições dos EUA e força de governança - que é um fator chave na classificação de crédito soberano Aaa dos EUA e perspectiva estável - já reflete os riscos da polarização política, incluindo políticas fiscais mais fracas do que seus pares", avalia a Moody's.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, que ajudou a evitar um calote dos EUA ao suspender o limite da dívida até janeiro de 2025, terá impacto limitado na força fiscal e na macroeconomia, mas haverá implicações para setores específicos, de acordo com a Moody's.
Por exemplo, requisitos de trabalho aprimorados para o Programa de Assistência Nutricional Suplementar e Assistência Temporária para Famílias Necessitadas podem afetar adversamente certas famílias de baixa renda, enquanto a recuperação de fundos não gastos para a pandemia de coronavírus pode afetar negativamente algumas entidades públicas, como aeroportos americanos, afirma a agência.
Na última semana, a Fitch manteve a classificação dos Estados Unidos em observação negativa, considerando todas as implicações do mais recente episódio e as perspectivas para as trajetórias fiscais e da dívida a longo prazo.
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