A indústria de motos teve em março o maior mês em produção dos últimos nove anos, como resultado da busca dos brasileiros por veículos mais baratos, e também mais econômicos, diante do aumento nos preços dos carros. Balanço divulgado nesta quinta-feira, 13, pela Abraciclo, associação que representa as montadoras de motocicletas, aponta que o setor produziu no mês passado 152,5 mil unidades, 11,8% a mais do que o número de março de 2022.
Frente a fevereiro, um mês mais curto, o crescimento foi ainda maior: 25,3%. Desde novembro de 2013, quando 156 mil motos foram produzidas no País, não se registrava volume tão alto.
A produção acumulada no primeiro trimestre somou 397,1 mil motos, com alta de 21,4% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Foi o melhor primeiro trimestre desde 2014.
Segundo Marcos Antonio Bento, que assumiu neste mês a presidência da Abraciclo, o setor, após três anos de restrições da pandemia, voltou a operar sem interrupções nas linhas de produção.
"Estamos, gradativamente, reduzindo a fila de espera dos modelos de baixa cilindrada e dos scooters", declarou o executivo, ao comentar os últimos resultados.
Com alta de 30% em um ano, as vendas de motos no Brasil passaram das 357 mil unidades no primeiro trimestre, no maior número do mercado, entre iguais períodos, em onze anos.
A previsão da Abraciclo é fechar 2023 com 1,55 milhão de motos produzidas, o que, se confirmado, significará um crescimento de 9,7% sobre a produção do ano passado.
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