O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou um crescimento de 0,8% na atividade econômica em fevereiro, em comparação a janeiro, considerando-se dados com ajuste sazonal. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 3,2% no trimestre móvel terminado em fevereiro, sendo este o primeiro crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2023, informou a FGV nesta terça-feira, 16.
"Desde o final do ano passado a FBCF tem mostrado tendência ascendente, principalmente pelas menores retrações do componente de máquinas e equipamentos. No entanto, ainda assim continuou negativa até o resultado de fevereiro. Destaca-se que todos os componentes da construção cresceram, padrão que deve permanecer ao longo do ano, considerando-se a base de comparação baixa e a continuidade do ciclo de corte de juros em 2024", informou a FGV em nota.
A exportação de bens e serviços cresceu 14,2% no trimestre móvel terminado em fevereiro, com a contribuição positiva de praticamente todos os segmentos exportados, embora o desempenho de produtos agropecuários e da extrativa mineral sejam os de maior expressão, representando mais de 70% do crescimento das exportações. A única retração registrada foi na exportação de bens de capital, disse a entidade.
De acordo com a FGV, a importação de bens e serviços também registrou alta, de 9,2% no trimestre móvel findo em fevereiro. À exceção de produtos da extrativa mineral, a importação de todos os segmentos cresceu. Os principais destaques são a importação de bens intermediários e de serviços.
Após ter apresentado fortes quedas em 2023, a importação de bens intermediários voltou a crescer, o que pode ser bom indicativo para a indústria de transformação, atividade com forte utilização de produtos importados em seu processo produtivo.
Em termos monetários, estima-se que o PIB, no primeiro bimestre de 2024, em valores correntes, tenha sido de R$ 1,996 trilhão.
Segundo a FGV, a taxa de investimento em fevereiro de 2024 foi de 15,1%, na série a valores correntes. Este resultado é menor que a taxa de investimento média mensal considerando o período desde janeiro de 2015 e desde janeiro de 2000.
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