O dólar teve modesto avanço ante rivais hoje, com euro sob pressão um pouco mais firme, após as eleições legislativas na França terminarem com um parlamento profundamente dividido e consequente incerteza sobre o desenho da política fiscal nos próximos anos. De qualquer forma, o ímpeto ficou limitado, às vésperas de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e divulgação de dados de inflação nos EUA.
O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,12%, aos 105,00 pontos. O BBH explica que dados recentes ampliaram dúvidas sobre a capacidade de a maior economia do planeta se manter robusta. "Contudo, notamos que dados mais fracos em muitas das principais economias sublinham o fato de que o quadro relativo deverá continuar a apoiar o dólar", prevê.
Por volta das 17h (de Brasília), o euro caía a US$ 1,0826, um dia após o segundo turno do pleito legislativo na França. Em surpreendente resultado, a extrema-direita ficou atrás do centro e da esquerda em número de assentos, mas nenhuma força conseguiu maioria absoluta na Assembleia Nacional. A composição dificultará a formação de um consenso político para a estratégica fiscal. "Ainda assim, o partido de Macron terminando em segundo lugar oferece algum equilíbrio e limita o avanço dos spread dos bônus franceses", diz o ING, em referência ao presidente Emmanuel Macron.
Do outro lado do Canal da Mancha, a libra rondava a estabilidade, em leve baixa a US$ 1,2809. O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reiterou o discurso cauteloso sobre a agenda econômica que pretende adotar. Na visão da Corpay, a estabilidade política no país deve fornecer suporte à libra. "Pensamos que os ganhos poderão desacelerar à medida que se tornar claro que o novo governo não tem espaço fiscal suficiente para implementar reformas econômicas de amplo alcance ou novas iniciativas de despesa", afirma.
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