O dólar se valorizou em geral hoje, com impulso limitado, apoiado após dado de sentimento do consumidor nos Estados Unidos da Universidade de Michigan, que incluiu avanço nas expectativas de inflação. O euro, por sua vez, recebeu apenas apoio parcial da ata do Banco Central Europeu (BCE), a qual reforçou que pode haver cortes de juros em junho, enquanto a libra esteve mais cedo sustentada depois da leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre mostrar que o Reino Unido saiu de uma recessão.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 155,78 ienes, o euro caía a US$ 1,0773 e a libra tinha alta a US$ 1,2529, bem perto da estabilidade. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,07%, a 105,301 pontos, com avanço de 0,26% nesta semana.
O índice de sentimento do consumidor nos EUA medido pela Universidade de Michigan caiu de 77,2 em abril a 67,4 na preliminar de maio, ante previsão de 76,9 dos analistas ouvidos pelaFactSet. As expectativas de inflação em 1 ano cresceram de 3,2% em abril a 3,5% na prévia de maio e as expectativas para 5 anos avançaram de 3,0% a 3,1% na mesma comparação.
O dado apoiou o dólar e o índice DXY reverteu a queda modesta vista mais cedo. Na Europa, o euro foi apoiado pela ata. Mesmo que o documento reafirmasse que pode haver corte de juros em junho pelo BCE, na opinião do ING o espaço para mais reduções adiante era limitado.
No Reino Unido, a libra reagiu para cima após o PIB do país avançar 0,6% no primeiro trimestre ante o anterior, quando analistas esperavam alta de 0,3%. Para a Capital Economics, o resultado poderia retirar pressa do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) para cortar juros. Entre dirigentes, o economista-chefe Huw Pill destacou que setores "persistentes" da inflação davam sinais de perda de impulso no Reino Unido.
Já na Ásia, o premiê do Japão, Fumio Kishida, afirmou que seu governo monitora "muito cuidadosamente" a queda do iene. Autoridades locais têm reforçado essa postura nos últimos dias, após a moeda bater mínimas em décadas e aparente intervenção cambial para conter o movimento.
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