O dólar se apreciou ante as principais moedas nesta segunda-feira, 15, após ampliação da possibilidade de eleição do ex-presidente americano Donald Trump para a Casa Branca depois do atentado no sábado. O mercado considera o republicano mais favorável a estimular o ambiente de negócios e propenso a adotar mais medidas para alavancar a economia. A moeda mostrou resistência mesmo a leituras de que o Federal Reserve (Fed) está mais confiante para cortar as taxas de juros em setembro diante da inflação em rumo para a meta de 2%.
O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,09%, a 104,189 pontos, após queda de 0,75% na semana passada sob efeito do índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos abaixo do esperado.
Do lado da política monetária, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fez hoje uma mudança sutil na sua posição sobre a política monetária, falando perante o Clube Econômico de Washington DC. "Ele deixou bem claro que não queria enviar um sinal sobre a aproximação de qualquer reunião em particular, mas os seus comentários sobre prestar mais atenção ao lado do trabalho do mandato duplo sugerem que o Fed está ficando mais confiante sobre um corte nas taxas em alguns ponto em breve", afirmaram analistas da Jefferies.
O presidente do Goldman Sachs, David Solomon, afirmou que as eleições que devem acontecer no mundo ao longo de 2024 tendem a ter "implicações significativas" para a política monetária futura.
Dados econômicos aquém do esperado na China também deixaram o investidor propenso a buscar o refúgio no dólar.
O euro registrou leve queda e a libra esterlina acompanhou novamente o movimento. O euro cedeu a US$ 1,0899, enquanto a libra era negociada em US$ 1,2968.
O iene ficou praticamente estável, após a forte volatilidade na semana passada marcada por sinais de potenciais intervenções pelo Banco do Japão.
Entre emergentes, o dólar blue caiu 85 pesos argentinos no câmbio paralelo e terminou o dia negociado a 1.415 pesos, segundo o jornal Ámbito Financiero. O movimento segue o anúncio no final de semana de um novo regime cambial, que prevê a venda de dólares no mercado paralelo.
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