O dólar era negociado em leve alta no exterior, sem se distanciar do patamar do fim da tarde de ontem, diante da consolidação da expectativa de alívio monetário pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) em setembro. A possibilidade de o início do corte ocorrer nesse mês bateu em 100%. A moeda acabou sem fôlego para prolongar os ganhos da véspera, quando foi beneficiada pela ampliação da possibilidade de eleição do ex-presidente americano Donald Trump para a Casa Branca depois do atentado no sábado.
O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,08%, a 104,270 pontos.
A diretora do Federal Reserve, Adriana Kugler, apontou hoje que o mercado de trabalho nos EUA está em condições saudáveis, mas "não queremos ver aumento de demissões" e por isso "ficou tão importante" um dos dois mandatos do banco central americano, que é a máxima geração de empregos. O outro mandato é a estabilidade de preços. "O mercado de trabalho tem visto substancial reequilíbrio e a alta do salário nominal está moderando", afirmou.
O euro registrou leve alta ante o dólar. O índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha, principal motor econômico da zona do euro, caiu para 41,8 pontos em julho, ante 47,5 pontos em junho, mas ficou um pouco acima da expectativa de analistas. Na França, a situação política seguiu movimentada com o presidente francês, Emmanuel Macron, aceitando a renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal. O euro subiu a US$ 1,0902, enquanto a libra também se apreciou a US$ 1,2976.
O iene recuou após a forte volatilidade na semana passada. O dólar era cotado a 158,35 ienes.
Entre emergentes, o dólar blue caiu no câmbio paralelo e terminou o dia negociado a 1.405 pesos, segundo o jornal Ámbito Financiero, ainda em meio aos ajustes após o anúncio no final de semana de um novo regime cambial, que prevê a venda de dólares no mercado paralelo. O risco país da Argentina subiu e rondou os 1.600 pontos.
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