O dólar repetiu os ganhos nesta terça-feira, em sessão que contou com liquidez reduzida pelo feriado de Natal. O movimento da moeda coincidiu com o otimismo com ativos dos Estados Unidos, evidenciado pelos ganhos das ações em Wall Street.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,20%, a 108,257 pontos. Perto das 16h00, o dólar avançava a 157,33 ienes, a libra tinha queda a US$ 1,2535 e o euro recuava a US$ 1,0392.
Para o Morgan Stanley, seria uma surpresa se o euro tivesse um desempenho reluzente em 2025, dado que o consenso é bastante negativo para a moeda única europeia - e por boas razões, observou o banco. "Mas expectativas baixas significam que há maior margem para a Europa superar as expectativas, especialmente se o consumo privado estimular um crescimento mais forte e o capital europeu regressar ao país de origem", ressaltou o banco americano em relatório.
Outro desfecho que estaria na contramão seria o de um enfraquecimento do dólar após a imposição de tarifas. A tese de expansão exponencial da economia americana tem sido uma das mais recorrentes entre os analistas.
O índice do dólar DXY subiu quase 7% até agora este ano e a libra esterlina não é mais a moeda do G-10 com melhor desempenho em 2024, colocada em segundo lugar pelo dólar americano. Os especuladores cortaram posições compradas na moeda do Reino Unido - que apostavam na sua valorização - afirmam analistas do Rabobank em nota.
A libra esterlina atingiu recentemente a máximo de dois anos e meio em relação ao euro, na expectativa de que uma inflação relativamente elevada reduziria a margem de manobra do Banco de Inglaterra para reduzir as taxas de juro. Na semana passada, o BOE manteve as taxas de juro inalteradas, mas o padrão de votação foi uma surpresa, com um terço dos membros votando por redução das taxas. A libra esterlina subiu 4,5% em relação ao euro este ano, mas caiu 1,6% em relação ao dólar, mostram os dados da FactSet.
* Com Dow Jones Newswires
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