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Moedas Globais: dólar avança, com cautela geopolítica, dados e sinais do Fed em foco

O dólar se valorizou ante outras moedas principais, com investidores atentos aos riscos geopolíticos, com maior tensão no Oriente Médio, e também a indicadores e declarações de bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-amer

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 18.10.2023, 17:25:00 Editado em 18.10.2023, 17:31:38
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O dólar se valorizou ante outras moedas principais, com investidores atentos aos riscos geopolíticos, com maior tensão no Oriente Médio, e também a indicadores e declarações de bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e seu Livro Bege. Além disso, o peso argentino seguia como foco, com o dólar blue em queda hoje no mercado paralelo, em meio a intervenções cambiais no país antes do primeiro turno presidencial, marcado para este domingo. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 149,89 ienes, o euro caía a US$ 1,0537 e a libra tinha baixa a US$ 1,2138. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,30%, a 106,565 pontos. Mais cedo, a libra chegou a avançar frente ao dólar, com foco em dados locais. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 6,7% em setembro, na comparação anual, ante previsão de alta de 6,5% dos analistas ouvidos pela

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FactSet

. Para o ING, a inflação persistente não é o suficiente para levar o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) a retomar altas de juros. A Capital Economics diz também que não acredita em novas altas, mas adverte que os eventos no Oriente Médio restringem o quanto a inflação pode cair em 2024. Nesta quarta, o presidente americano, Joe Biden, foi a Israel e reafirmou apoio ao país. Ele anunciou que pedirá ao Congresso um pacote de defesa "sem precedentes" para Israel, e também disse que US$ 100 milhões serão destinados a assistência humanitária nos territórios palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Na Organização das Nações Unidas, o Conselho de Segurança não aprovou resolução do Brasil sobre a guerra, com veto dos EUA. Na política monetária, o Livro Bege do Fed foi divulgado. O documento apontou que os preços devem continuar a aumentar nos próximos trimestres, mas em desaceleração, enquanto as condições no mercado de trabalho também perdem fôlego. O Livro Bege afetou pouco os mercados hoje. Para a Oxford Economics, o Livro Bege mostrou um quadro de crescimento mais contido no país que o sugerido por dados recentes. Entre os dirigentes do BC americano, a diretora Michelle Bowman comentou que a inflação recuou nos EUA, mas segue ainda muito elevada. Patrick Harker (Filadélfia) mencionou progresso na luta contra a inflação, mas ressalvou que há trabalho ainda à frente. Já John Williams (Nova York) disse que os juros devem seguir em nível restritivo "por algum tempo", não especificado. Entre moedas emergentes, o dólar subia a 350,1498 pesos, no horário citado. Já no mercado paralelo, o chamado dólar blue tinha baixa a 905 pesos, queda de pouco mais de 8% no dia e mais distante do recorde histórico visto na semana passada, de 1.050 pesos, segundo o jornal

Ámbito Financiero

. O próprio diário e outros meios locais reportavam que o Banco Central da República Argentina (BCRA) realizava intervenções no mercado, para tentar acalmar o quadro antes da disputa eleitoral no próximo domingo. O governo argentino ainda anunciou que ampliou acordo de swap cambial com a China, durante viagem do presidente Alberto Fernández ao país asiático com foco em negócios.

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