O dólar operou hoje com avanço ante o iene e o euro, em um cenário de volatilidade da moeda japonesa que leva em conta a possibilidade do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) voltar elevar sua taxa de juros. A semana conta com decisões de política monetária relevantes, com destaque para o Banco Central Europeu (BCE). Entre emergentes, houve impulso do anúncio dos estímulos pela China, o que fortaleceu commodities e ampliou a busca por risco.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,08%, a 106,145 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar avançava a 151,20 ienes, a libra tinha alta a US$ 1,2745 e o euro recuava a US$ 1,0549.
O iene foi a moeda das principais economias desenvolvidas com melhor desempenho em novembro, avançando 2,16% ante o dólar, apoiado pela crescente especulação de que veremos novas subidas de juros por parte do BoJ, potencialmente já em 19 de dezembro, aponta o Rabobank. De acordo com o Société Generale, as posições especulativas no iene se tornaram longas, mas os investidores deverão navegar cuidadosamente na faixa do dólar a 148,70-151,98 ienes antes da reunião do Federal Reserve (Fed) e do BoJ na próxima semana.
O banco francês avalia ainda que um corte de 25 pontos base do BCE na taxa de depósito para 3,0% nesta semana será provavelmente acompanhado por uma declaração pacífica e por um lembrete dos riscos descendentes para o crescimento. "O otimismo de que a inflação esteja regressando de forma sustentável à meta no próximo ano alimentou especulações de que as taxas serão reduzidas em todas as reuniões até abril", avalia.
No caso da crise política francesa, o ministro do Orçamento da França, Laurent Saint-Martin, afirmou hoje que a lei especial de orçamento da nação para 2025 está "pronta" e que pode ser apresentada no próximo conselho de ministros. O integrante do governo francês cessante comandado pelo primeiro-ministro Michel Barnier, que caiu na última semana, indicou que a administração preparou um orçamento provisório para garantir que o país não fique paralisado em janeiro. A lei permite ao governo transferir efetivamente o orçamento de 2024 para 2025.
O dólar paralelo na Argentina, conhecido localmente como "blue", subiu hoje, interrompendo uma sequência de cinco sessões consecutivas de quedas na cotação. O movimento ocorre após o conselho de administração do Banco Central da Argentina (BCRA) reduzir a taxa básica de juros (Leliq) de 35% para 32% na última semana. Segundo o jornal Ámbito, a cotação de blue subiu 25 pesos, atingindo os 1075 pesos. Como resultado, a chamada "brecha", a diferença entre a cotação oficial e a paralela, voltou a aumentar, com o dólar cotado oficialmente a 1016,14 pesos no fim da tarde.
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