O dólar subiu levemente ante outras moedas principais, nesta sexta-feira, 29, mas caiu em todo o ano atual, em boa medida pela pressão mais para o fim de 2023 com a perspectiva de cortes de juros mais adiante nos Estados Unidos, pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Enquanto isso, analistas ponderavam sobre os próximos passos do mercado cambial.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 141,02 ienes, o euro caía a US$ 1,1044 e a libra avançava a US$ 1,2750. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,10% no dia, a 101,333 pontos. Mas o DXY teve queda de 0,34% na semana, de 2,09% no mês de dezembro e de 2,52% em todo o ano.
Em comentário a clientes, o Swissquote diz que "não se surpreenderia" se o dólar se recuperasse nas primeiras semanas de 2024. Segundo ele, o euro deve ficar sob pressão, diante das previsões de corte de juros também pelo Banco Central Europeu (BCE), e alguns dirigentes mais dovish do Fed poderiam ponderar a postura, em suas próximas declarações. O dólar poderia ainda se recuperar frente ao iene, "caso os japoneses consigam acalmar as ambições dos falcões do Banco do Japão (BoJ)", comenta ainda. O BC japonês avalia se abandona mais adiante sua política muito relaxada, mas o presidente Kazuo Ueda tem advertido que isso, caso ocorra, não deve ser realidade no futuro próximo, embora tampouco descarte a alternativa.
Hoje, o dólar perdeu fôlego ante rivais, após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos EUA apontar contração no setor, ao cair a 46,9 em dezembro, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago.
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