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Minério e alívio no IPCA-15 impulsionam Ibovespa apesar de cautela externa com tarifas

A alta do minério de ferro e a desaceleração da inflação brasileira em março medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) sobrepõem ao recuo das bolsas em Nova York sobre o Ibovespa. O principal indicador da B3 sobe para a faixa

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 27.03.2025, 11:50:00 Editado em 27.03.2025, 11:56:53
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A alta do minério de ferro e a desaceleração da inflação brasileira em março medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) sobrepõem ao recuo das bolsas em Nova York sobre o Ibovespa. O principal indicador da B3 sobe para a faixa dos 133 mil pontos na manhã desta quinta-feira, 27, depois de ter fechado com alta de 0,34%, aos 132.519,63 pontos, na véspera. Nos EUA, os indicadores acionários caem levemente.

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Na avaliação de Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, os índices operam lateralizados, enquanto os investidores digerem os dados informados hoje e as questões das tarifas americanas. "O investidor estrangeiro é que está fazendo preço aqui. Tem fluxo vindo para emergente", afirma.

Os investidores avaliam ainda o Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado nesta manhã. O setor automotivo mundial fica no foco após o governo dos Estados Unidos colocar tarifas de 25% sobre importações de todos os automóveis não fabricados no país. Ao mesmo tempo, ficam no radar dados de atividade dos EUA informados hoje, como o PIB do quarto trimestre, que cresceu 2,4% anualizado, conforme o esperado.

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Em meio a incertezas tarifárias dos EUA, o RPM, que substitui o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), destacou que essas dúvidas podem ter efeitos desinflacionários. Segundo o documento do Banco Central, uma perda de dinamismo do comércio internacional pode levar à desaceleração americana e global. Desta forma, reduziria preços de commodities e precificações sobre juro dos EUA.

Quanto ao IPCA-15, a taxa de inflação arrefeceu a 0,64% em março ante 1,23% em fevereiro. O dado ficou abaixo da mediana de 0,68% encontrada na pesquisa feita pelo Projeções Broadcast. Assim, os juros futuros recuam e isso beneficia algumas ações mais sensíveis ao ciclo econômico na B3. Magazine Luiza ON, por exemplo, tinha alta de 5,24%, liderando o grupo das elevações.

Contudo, em 12 meses, acumula alta de 5,26%, superando o teto da meta que é 4,5%, o que tende a reforçar um quadro ainda alto de Selic este ano ainda que seja esperado arrefecimento da atividade.

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Segundo Lourenço, da Manchester Investimentos, apesar do arrefecimento e do resultado um pouco mais baixo do que o esperado do IPCA-15 de março, ainda está alto. "A foto é boa, mas o filme não é definitivo. Não tem algo estrutural que leve a uma deflação. Não deve ter melhora significativa desse quadro", diz.

Apesar da surpresa favorável do resultado do IPCA-15, o cenário de inflação de curto prazo segue adverso, adverte o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa. "A aceleração de serviços segue como fonte de preocupação e a variação anual dos núcleos de inflação segue acelerando", afirma em nota.

Entre as commodities, não há uma direção única. O petróleo cede marginalmente e o minério de ferro subiu 1,28% em Dalian hoje. Vale tinha alta de 0,64% e Petrobras, entre 0,96% (PN) e 0,75% (ON)

Às 11h24, o Ibovespa tinha alta de 0,46%, aos 133.123,21 pontos, após subir 0,47%, na máxima aos 133.140,52 pontos, e mínima aos 132.478,98 pontos (-0,03%).

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