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Meta de superávit tem banda para evitar 'sangria desatada', destaca Haddad

Após a divulgação do arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 30, em entrevista coletiva, que a meta de primário da nova regra, com bandas definidas, tem objetivo de evitar "sangria desatada" em relação aos gas

Giordanna Neves, Lorenna Rodrigues e Antonio Temóteo (via Agência Estado)

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Escrito por Giordanna Neves, Lorenna Rodrigues e Antonio Temóteo (via Agência Estado)
Publicado em 30.03.2023, 12:41:00 Editado em 30.03.2023, 12:47:14
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Após a divulgação do arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 30, em entrevista coletiva, que a meta de primário da nova regra, com bandas definidas, tem objetivo de evitar "sangria desatada" em relação aos gastos públicos.

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"Meta estabelecida tem pequena banda para evitar sangria desatada de fim de ano para gastar mais sem planejamento ou cortando despesa de maneira atabalhoada", disse Haddad, em coletiva à imprensa.

A ideia, segundo ele, é de que a banda de 0,25% do PIB acomode as tensões em final de ano. Se as metas ficarem aquém da banda, segundo ele, haverá mecanismos de correção.

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"Regra que compatibiliza o que era bom da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) com o que é bom de uma regra de gastos, em que você junta as duas coisas para que a trajetória consistente com a ancoragem dos agregados, que inclui a dívida, esteja no rumo correto", disse Haddad.

O ministro explicou que a regra tem dois mecanismos anticíclicos, tanto em boom econômico quanto em retração. Segundo ele, nas últimas décadas, tais aparatos só seriam disparado uma vez.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Haddad explicou que, pelas novas regras fiscais, o atual teto de gastos passa a ter banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% a 2,5% a.a.

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Trajetória consistente

O ministro da Fazenda afirmou que o novo arcabouço fiscal terá trajetória consistente de resultado primário em que necessariamente a despesa vai correr atrás da receita. Ele disse que a nova regra não terá rigidez absoluta, o que garantirá que as demandas sociais sejam atendidas de maneira responsável.

"Associamos o melhor dos dois mundos. Você traça uma trajetória consistente de resultado primário em que necessariamente a despesa vai correr atrás da receita", disse Haddad, na entrevista coletiva convocada para detalhar a proposta de novo arcabouço fiscal do governo.

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A nova âncora fiscal, divulgada pela equipe econômica, tem o objetivo de estabelecer mecanismos que corrijam distorções (pró-cíclica), recuperar trajetória de credibilidade nas contas públicas e traçar trajetória consistente de superávit primário, segundo o ministro.

Segundo ele, as regras fiscais vigentes até então não previam poupança prévia para mudar o rumo das contas em fase pior da economia. Havia problemas tanto na expansão quanto na retração econômica, segundo ele. Os investimentos, em fase de contração, ficaram muito prejudicados e não havia mecanismo anticíclico para terminar obras, por exemplo.

"Não tinha dimensão anticíclica, você não conseguia corrigir. Quando país prosperava demais, você, para cumprir a lei, bastava manter a despesa em compasso com a receita, que basicamente o resultado primário estava preservado. E era muito difícil reverter isso em uma fase ruim", avaliou Haddad sobre o teto de gastos.

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