As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que subsidia o relatório Focus, continuam indicando um ciclo total de aumento de 1 ponto porcentual na taxa Selic, a 11,5% em janeiro de 2025. Mas também passaram a sugerir menos cortes nos juros no ano que vem, com uma taxa média mais alta ao longo de todo o horizonte relevante do Banco Central.
Os dados mais recentes disponíveis, da sexta-feira, 13, sugerem que a Selic deve subir 0,25 ponto porcentual por reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a partir desta quarta-feira, 18, e chegar a 11,50% em janeiro de 2025. A partir dali, seriam três reuniões de estabilidade, com a possibilidade de um primeiro corte só em julho do ano que vem.
Nesse mês, a mediana indica uma Selic de 11,4275% - ou seja, está dividida entre um corte de 0,25 ponto porcentual ou manutenção dos juros em 11,5%. A trajetória restante embutida sugere queda da taxa a 11,0% em setembro de 2025, seguida por uma baixa para 10,75% em novembro e, finalmente, para 10,5% em dezembro.
No relatório Focus anterior, com dados até o dia 6 de setembro, o mercado já esperava um ciclo de quatro altas de 0,25 ponto porcentual nos juros, mas já trabalhava com cotes a partir da segunda reunião de 2025, em março.
Um juro médio maior ao longo do ano que vem deveria fazer a inflação convergir mais rapidamente. Mas o Focus também mostrou que a projeção do mercado para a inflação acumulada em 12 meses em março de 2026 - o horizonte relevante do Copom - aumentou, de 3,77% na semana anterior para 3,81% nesta, com base nas projeções mensais. Na sua última reunião, o comitê estimava que manter a Selic estável em 10,5% seria suficiente para levar a inflação a 3,2% nesse mesmo horizonte.
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