O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Richmond, Tom Barkin, afirmou nesta segunda-feira, 6, que o mercado de trabalho dos Estados Unidos está "forte", o que segundo ele dá ao Fed tempo para "ganhar confiança" de que a inflação de fato se move de modo sustentável para a meta de 2%. Em discurso no Rotary Club de Columbia, o dirigente disse ter "preocupações" sobre a demanda e a inflação, mas se diz "otimista" de que o nível atual dos juros possa conter a demanda e levar a inflação de volta ao objetivo do BC dos EUA.
Com direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Barkin disse que, após dados de meses recentes, é natural ponderar se estamos passando por uma mudança real na perspectiva econômica ou apenas por sobressaltos esperados pela frente.
Ele admitiu que dados de inflação do início do ano atual foram "desapontadores", em quadro ainda de inflação elevada e que com isso "a missão não está cumprida".
A demanda segue robusta e o mercado de trabalho, "notavelmente resiliente", acrescentou.
A "força histórica" do mercado de trabalho deixa claro que os EUA não estão em recessão neste momento, avaliou, mas ele diz acreditar que o aperto monetário já adotado e mantido irá fazer a economia desacelerar mais.
O impacto completo dos juros mais altos "ainda estão por vir", acredita, mas acrescentando que, na sua visão, a economia deve estar menos vulnerável a esse quadro.
Barkin comentou também que, na sua avaliação, não há superaquecimento da economia. Caso isso aconteça, o Fed sabe como agir, acrescentou. Se a economia desacelerar demais, o BC tem poder de fogo suficiente para apoiá-la, acrescentou.
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