O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, se esquivou de responder a jornalistas sobre a situação da Petrobras na manhã desta quarta-feira, 10. Mercadante convocou uma coletiva para falar sobre o lançamento de um edital do banco de R$ 60 milhões voltado a projetos de pesquisa e proteção de corais na costa brasileira. Mas, alegando reunião ligada ao G20 com comitiva da Arábia Saudita, saiu no meio do evento realizado no 10º andar da sede do Banco no Rio de Janeiro.
Questionado se poderia responder a perguntas, limitou-se a dizer que não entraria em "outras pautas".
Mercadante saiu apressado da sala e funcionários do BNDES impediram que jornalistas fizessem o mesmo para interceptá-lo nos corredores.
Nos últimos dias, ele vem sendo cotado para assumir o comando da Petrobras, como opção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para solucionar a crise que se arrasta e escalou no último fim de semana, opondo alas do governo, sobretudo o Ministério de Minas e Energia (MME), de Alexandre Silveira, e o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Na terça-feira, segundo fontes, Prates pode ter ganhado fôlego no cargo, após o indicativo de Mercadante, nos bastidores, de que não gostaria de deixar o BNDES e do recuo de Silveira, cujo entorno passou a distribuir uma lista de exigências para apoiar a permanência de Prates na estatal.
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