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Margem financeira representou 12,46% do spread do ICC em 2023, mostra BC

O Banco Central informou nesta quinta-feira, 6, por meio do Relatório de Economia Bancária (REB), que a margem financeira dos bancos representou 12,46% do spread do Índice de Custo do Crédito (ICC) médio no Brasil em 2023. No fim de 2022, esse porcentual

Célia Froufe e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Célia Froufe e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 06.06.2024, 10:31:00 Editado em 06.06.2024, 10:35:50
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O Banco Central informou nesta quinta-feira, 6, por meio do Relatório de Economia Bancária (REB), que a margem financeira dos bancos representou 12,46% do spread do Índice de Custo do Crédito (ICC) médio no Brasil em 2023. No fim de 2022, esse porcentual era de 13,93% (dado revisado).

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A margem financeira representa a parcela do ICC que remunera o capital dos acionistas. Na prática, é quanto os acionistas de uma instituição financeira ganham, porcentualmente, do spread cobrado.

O spread corresponde à diferença entre o custo de captação de recursos, pelos bancos, e o que é efetivamente cobrado de famílias e empresas em operações de crédito, na ponta final.

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Já o ICC reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Assim, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

O relatório mostra que, dentro do spread, o custo de captação dos bancos representou 37,32% no fim de 2023 ante 35,94% (dado revisado) de 2022. Já as despesas administrativas representaram 15,03% do spread do ICC no ano passado, ante 16,32% (dado revisado) em 2022.

As despesas com os tributos e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) foram responsáveis por 12,85% do spread no fim de 2023, ante 14,30% (dado revisado) no ano anterior. Já a inadimplência representou 22,34% do spread, ante 19,51% (dado revisado) em 2022.

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Índice de concentração

O Relatório de Economia Bancária mostra ainda que o Índice de Herfindahl-Hirschman normalizado (IHHn), utilizado como instrumento na avaliação de níveis de concentração econômica, fechou o ano de 2023 em 0,0882 no segmento bancário no caso de ativos totais. Em 2022, ele estava em 0,0896, ajustado atualmente a partir do patamar de 0,0888 revelado há um ano.

Em depósitos totais, o índice atingiu 0,0945 no fim do ano passado, ante 0,0966 de 2022 (ajustado hoje a partir do patamar de 0,0982 anunciado um ano atrás). Já o IHHn relacionado a operações de crédito do segmento bancário atingiu 0,0990 em 2023, ante 0,1003 no ano anterior (ajustado de 0,1015).

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O Banco Central considera mercados que registram valores para o IHHn situados entre 0 e 0,10 como de "baixa" concentração - é o caso brasileiro. Entre 0,10 e 0,18, ocorre "moderada concentração". De 0,18 a 1, o mercado é de "elevada concentração".

Divulgado nesta quinta pelo BC, o REB pode ser consultado no seguinte endereço na internet: https://www.bcb.gov.br/publicacoes/relatorioeconomiabancaria.

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