MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Marca mais barata é a solução para conseguir comprar o básico

Isabely Louzada, de 22 anos, mãe da Olívia, de 3 anos, é de uma geração que nunca tinha sentido no bolso uma disparada tão forte da inflação. O Plano Real, que trouxe a estabilização dos preços, entrou em vigor em julho de 1994, quando ela ainda não era n

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.04.2022, 08:32:00 Editado em 16.04.2022, 08:41:03
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Isabely Louzada, de 22 anos, mãe da Olívia, de 3 anos, é de uma geração que nunca tinha sentido no bolso uma disparada tão forte da inflação. O Plano Real, que trouxe a estabilização dos preços, entrou em vigor em julho de 1994, quando ela ainda não era nascida.

continua após publicidade

Apesar de não ser "escolada" para lidar com a alta de preços como a avó e o tio, com quem ela mora, Isabely já aprendeu os macetes para driblar a inflação de alimentos e itens de higiene e limpeza. "Tudo o que a gente escolhe é da marba, a marca barata", brinca, relatando que tem trocado sucessivamente a marca de produtos. O sabão Omo de lavar roupa, por exemplo, foi substituído pelo Ariel e este pelo Tixan. A escolha depende de qual marca está em promoção no dia da compra.

Isabely observa que antes da pandemia os preços nos supermercados já estavam elevados. Mas, na sua opinião, ainda era possível levar o básico necessário. "Na época, a gente conseguia comprar carne, iogurte, Toddynho e algumas besteiras se tivesse vontade."

continua após publicidade

Hoje, a situação é diferente. Quando se coloca no carrinho tudo o que deseja, a compra passa de R$ 1 mil e fica inviável para ela. Carne bovina praticamente a família não consome mais, só a moída, em pacotinho, que é de segunda. "Bife, carne de panela, são raríssimos, não comemos faz um bom tempo." No lugar da carne, ela optou pelo frango e ainda o mais barato.

Também a bolacha recheada, que às vezes comprava, saiu da lista do supermercado. Hoje é só torrada e biscoito de água e sal, e do mais simples. As duas caixas de leite com 24 litros, que eram consumidas principalmente pela filha, foram cortadas pela metade.

Como profissional autônoma que trabalha nas áreas de confeitaria e de estética, a renda de Isabely oscila muito. Tem meses que tira entre R$ 3 mil e R$ 4 mil e em outros, como foi em janeiro deste ano, um pouco mais de R$ 1 mil. Sem recursos para a matrícula, ela teve de trancar a faculdade de fisioterapia neste semestre. "A gente vive numa corda bamba e tem que pender cada hora para um lado para não cair no buraco e se afundar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Marca mais barata é a solução para conseguir comprar o básico"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!