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Maior efeito sobre IPCA foi de alimentos, mas com desaceleração ante maio, diz gerente do IBGE

Os preços dos alimentos deram a maior contribuição para a inflação de junho. No entanto, as altas foram mais brandas do que no mês anterior, ao mesmo tempo em que houve uma quantidade menor de itens com reajustes, apontou André Almeida, gerente do Sistema

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 10.07.2024, 12:51:00 Editado em 10.07.2024, 12:56:56
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Os preços dos alimentos deram a maior contribuição para a inflação de junho. No entanto, as altas foram mais brandas do que no mês anterior, ao mesmo tempo em que houve uma quantidade menor de itens com reajustes, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 0,62% em maio para uma elevação de 0,44% em junho, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE. O grupo contribuiu com 0,10 ponto porcentual para a taxa de 0,21% do IPCA do último mês.

"Essa alta (no IPCA) foi influenciada, principalmente, por leite longa vida, batata-inglesa e gasolina", lembrou Almeida. "Alguns fatores e subitens contribuíram para segurar o resultado de junho, como passagens aéreas e alguns alimentos, como mamão e cebola", ponderou.

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O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 57% em maio para 52% em junho. A difusão de itens alimentícios desceu de 60% em maio para 49% em junho

"O maior impacto (de grupo) foi de alimentos, mas houve desaceleração em relação ao mês anterior. A gente teve uma menor difusão, principalmente, nos itens alimentícios", apontou o pesquisador. "Os preços dos alimentos no domicílio continuaram subindo, porém, em ritmo menos intenso que no mês anterior", completou.

O custo da alimentação no domicílio desacelerou de uma alta de 0,66% em maio para 0,47% em junho. As famílias pagaram mais pela batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). Por outro lado, houve quedas na cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%).

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Os alimentos com reajustes estão com restrição de oferta, justificou Almeida.

"Tanto o leite longa vida quanto a batata-inglesa subiram de preço influenciados por menor oferta do produto. A menor oferta do leite está relacionada ao período de entressafra e também por um clima adverso no sul do País. Na batata-inglesa, é final da safra das águas e início da safra das secas. Esse volume da safra das secas ainda não foi tão expressivo, a oferta estava mais controlada, mais reduzida", explicou.

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,37% em junho. O lanche subiu 0,39%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,34%.

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