O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que as prefeituras vivem um "momento delicado" com a queda na arrecadação municipal. O petista disse que, em seu governo, o "ente federativo tem que prevalecer" e vai garantir que as prefeituras não tenham arrecadação menor do que no ano passado.
As declarações ocorreram durante cerimônia de lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, voltado a Estados e municípios, nesta quarta-feira, 27. O presidente disse que não irá deixar de receber governadores nem prefeitos de outros partidos políticos. Segundo ele, isso é "crime, falta de respeito à democracia e aos votos das pessoas".
Na fala, ele pediu para os prefeitos "aproveitarem" enquanto ele estiver na Presidência da República para fazer reivindicações e reclamar. "Nunca antes na história do País, os prefeitos foram tão bem tratados como foram tratados nos meus dois primeiros mandatos", disse.
Em troca, o presidente pediu para que prefeitos e empresários priorizem a contratação de trabalhadores locais para a execução das obras do PAC. Isso, segundo ele, fará com que as cidades gerem empregos e, como consequência, vai diminuir a "bandidagem" da comunidade.
"O que queremos é que cada prefeito tenha direito a fazer a sua obra", disse, pois, conforme pontuou, "é na casa do prefeito onde o povo vai reclamar primeiro".
No evento, Lula também fez um pedido à ministra da Cultura, Margareth Menezes, para fazer um estudo sobre uma possível redução de imposto relacionado aos livros. O presidente disse que, em seu governo, fará uma ampla ação para alfabetização da população e pediu para que, em cada projeto do Minha Casa, Minha Vida, tenha uma "salinha, por menor que seja", voltada à leitura.
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