O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira, 27, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sofre injustiças, citando como exemplo a prorrogação da desoneração dos 17 setores da economia pelo Congresso Nacional. "O Haddad sabe que ele sofre. Ele sofre injustiça, porque todas as pessoas que vêm, só vêm para pedir, não vêm para oferecer", afirmou.
Em fala durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, Lula disse que está mais otimista que em seus mandatos de 2003 e 2007.
Para o presidente, o otimismo é amparado não apenas pelos indicadores macroeconômicos, mas que confia no avanço da microeconomia, que para ele "ainda está muito aquém do que acho que tem que funcionar".
"Muitas vezes, a macroeconomia não representa tudo o que está acontecendo no País", disse Lula, ao se referir aos indicadores como inflação e taxa de juros. Contudo, afirmou que o governo deseja que inflação seja baixa.
Ao defender políticas de incentivo à indústria nacional, observando as demandas específicas do setor automobilístico, disse que é preciso que se pense numa tributação de aço que seja "justa para quem está no Brasil e para quem importa". "Se a construção civil, automobilística e naval não crescerem, vai faltar aço", afirmou.
O presidente comentou sobre a desoneração da folha de pagamento aos 17 setores da economia, vetada pelo governo, mas mantida pelo Congresso.
Lula disse que nunca foi contra desoneração, mas que defende equilíbrio e diálogo. "O que não pode é cada setor achar que tem que ganhar", comentou.
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