O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira, 27, que é necessário aproveitar o momento atual no qual ele preside o Mercosul e o espanhol Pedro Sánchez está à frente da União Europeia para fechar o acordo comercial entre os dois blocos. Do contrário, o acerto pode não sair, segundo Lula.
Ele disse que ainda precisa falar com diversos líderes internacionais, como o chinês Xi Jinping, sobre a guerra entre Israel e Hamas. Também citou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, mas ressalvou que, nesse caso, não seria uma conversa sobre o conflito. Nesse momento, mencionou os acordos comerciais.
"O presidente Pedro Sánchez, que é o presidente da União Europeia, não é para discutir a guerra, é para discutir o acordo comercial Mercosul e União Europeia que nós temos que fazer enquanto eu sou presidente do Mercosul e enquanto ele é presidente da União Europeia", comentou Lula.
E alertou: "Se nós dois, que somos amigos, não fizermos um esforço muito grande para fazer esse acordo (Mercosul-UE), acho que esse acordo não sairá. Eu quero tirar do papel esse acordo."
Pedro Sánches é do Partido Socialista Operário Espanhol, que tem boas relações com o PT de Lula. A Espanha é parlamentarista, mas o nome oficial do cargo de primeiro-ministro é "presidente del gobierno".
Lula deu as declarações em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Além do presidente, participaram da conversa os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além da primeira-dama, Janja Lula da Silva.
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