O presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira, 10, que as estatais serão "respeitadas" no novo governo e que a Petrobras não será "fatiada". Durante encontro com parlamentares aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, o petista também disse que os bancos públicos voltarão a ser bancos de investimentos.
Em seu discurso, Lula criticou o volume de dividendos pagos pela Petrobras a acionistas. "A ideia é esvaziar o caixa da Petrobras para que a gente não possa fazer nada", acusou o presidente eleito.
Lula também afirmou que o governo atual quer "esvaziar" o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para acabar com a capacidade de investir do banco de fomento.
"Muitas coisas consideradas como gastos devem ser consideradas como investimentos", declarou o presidente eleito. "A coisa mais barata em um País é cuidar dos pobres. A coisa mais cara é pagar o sistema financeiro o que o Estado lhe deve", emendou.
Lula também reforçou o discurso de valorização da educação e contra o armamento no País. "Não quero arma, quero livro, não quero cadeia, quero escola", disse. "A democracia e a civilidade estão de volta", acrescentou, ao afirmar que a dívida com a Educação é grande e que haverá dentistas nas escolas novamente em seu governo.
O presidente eleito declarou que vai voltar ao governo sem mágoas e ressentimentos, mas com "muito compromisso". "Pessoas já estão acreditando que a democracia voltou de braços abertos", disse Lula.
Também afirmou que o Congresso pode ter defeitos, mas que era muito pior quando a Câmara e o Senado foram fechados na ditadura.
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