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Lucro do Santander cresce 27,8%, para R$ 3,86 bilhões

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O Santander Brasil obteve lucro líquido de R$ 3,86 bilhões no primeiro trimestre, valor 27,8% acima do registrado no mesmo período de 2024, e estável em relação ao quarto trimestre, mesmo com a sazonalidade desfavorável do início de ano.

O primeiro trimestre costuma ser de menor ímpeto no setor bancário devido ao caixa mais curto de empresas e de famílias. E isso se refletiu nas operações de crédito. O saldo da carteira de empréstimos do banco recuou 0,1% entre dezembro e março, para R$ 682,2 bilhões.

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A inadimplência medida pelos atrasos superiores a 90 dias fechou março em 3,3%, ligeiramente acima do patamar de 3,2% de um ano antes. Já a chamada inadimplência antecedente, que mede os atrasos entre 15 e 90 dias, subiram de 3,7% para 4,1% no mesmo período.

As ações do Santander chegaram a cair 3,2% nesta quarta, 30, na Bolsa brasileira, B3, mas recuperaram o fôlego e fecharam o dia com alta de 3,94%. A virada reflete a recepção mista do primeiro balanço trimestral do banco no ano, em que os fatores positivos se sobressaíram, na avaliação dos analistas.

O terceiro maior banco privado do País fechou o primeiro trimestre com rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido, ROE, na sigla em inglês) de 17,4%, 3,3 pontos porcentuais acima do patamar de março de 2024, e 0,2 ponto menor que o de dezembro.

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Recuperação

"2024 foi um ano de uma recuperação grande de lucro e rentabilidade, então é improvável que o delta do lucro neste ano seja da mesma magnitude", disse Mário Leão, o presidente do Santander.

Segundo o executivo, os números do balanço mostram que o banco está no rumo certo para voltar a apresentar 20% de rentabilidade no médio prazo.

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O Santander tem buscado ampliar o relacionamento com os clientes, para extrair uma rentabilidade maior da base e reduzir o risco de inadimplência. Em carteiras como as de alta renda, pequenas e médias empresas e atacado (grande empresas), a rentabilidade (ROE) já está acima dos 20%.

"O varejo massificado é onde a gente puxa essa média para os 17,4%. A gente tem nas novas safras do varejo massificado um ROE acima de 20%, obviamente prospectivo", disse Leão na teleconferência com analistas de mercado.

Entre os analistas dos bancos de investimento, a percepção foi de que o balanço trimestral deu bons indicativos sobre os resultados dessa estratégia do Santander. "Continuamos vendo uma melhoria estrutural nas tendências para o ROE", disse o analista Gustavo Schroden, do Citi.

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Sazonal e estrutural

O maior ponto de dúvida entre os analistas recaiu sobre a elevação da inadimplência antecedente. Na visão de parte deles, a alta, em especial a observada na carteira de pessoas físicas, é um indicativo pessimista.

"A inadimplência de curto prazo da parte de pessoas físicas da carteira aumentou 0,6 ponto porcentualEM UM ANO, o que pode ser um sinal negativo para a qualidade dos ativos do sistema", escreveu Daniel Vaz, analista de bancos do Safra.

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Em resposta a essa questão, o vice-presidente financeiro do Santander, Gustavo Alejo, afirmou que a maior parte da variação desse indicador foi fruto do endurecimento das políticas de renegociação do banco. Tradicionalmente, o Santander procurava o cliente para renegociar antes que ele atrasasse o crédito. Desde 2023, no entanto, as condições estão mais restritivas, com mais exigências de pagamento à vista, por exemplo.

"Parte da elevação deve ser absorvida, e a inadimplência de 15 a 90 dias não deve fluir para a de longo prazo", afirmou ele, acrescentando que a política de renegociações do banco não deve mudar, e que o Santander vê uma qualidade de ativos estável.

Ainda assim, o banco reforçou suas provisões com um valor extra de cerca de R$ 5,6 bilhões no trimestre para adequar o balanço à regra contábil que entrou em vigor em janeiro, com a Resolução 4.966 do Conselho Monetário Nacional (CMN) - que determinou que os bancos passam a ter de provisionar os empréstimos de acordo com o risco, e não apenas com o atraso, como eram obrigados a fazer até então.

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As receitas do banco com serviços (tarifas e comissões) somaram R$ 5,13 bilhões de janeiro a março, alta de 5,1% ante o mesmo período de 2024.

O Santander encerrou o mês de março com um total de ativos de R$ 1,234 trilhão, uma alta de 5,6% em um ano. O patrimônio líquido, por sua vez, cresceu 4% em um ano, para R$ 90,54 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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