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Light leva nova proposta a credores, com conversão de 40% das dívidas em ações

A Light levou aos credores uma nova proposta de pagamento das dívidas da companhia, que alcançam R$ 11 bilhões. O plano prevê a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações e elimina o complexo plano de recuperação judicial apresentado em julho, q

Juliana Garçon (via Agência Estado)

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Escrito por Juliana Garçon (via Agência Estado)
Publicado em 26.12.2023, 15:34:00 Editado em 26.12.2023, 15:38:11
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A Light levou aos credores uma nova proposta de pagamento das dívidas da companhia, que alcançam R$ 11 bilhões. O plano prevê a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações e elimina o complexo plano de recuperação judicial apresentado em julho, que foi amplamente rejeitado por credores de diferentes perfis. Para quem aderir à proposta de conversão, o restante dos débitos, 60%, seria pago num prazo de oito anos e com remuneração equivalente à variação do IPCA mais 4% ao ano, disseram fontes próximas às negociações. O preço de conversão seria baseado na média das cotações dos últimos 45 dias, acrescentaram. Para quem não aderir à conversão, o prazo de pagamento seria de 15 anos, com remuneração de IPCA mais 2% ao ano. A proposta se dá em paralelo à intenção do empresário Nelson Tanure - cuja asset WNT é a maior acionista individual da elétrica, com 30,05% - de fazer uma injeção de R$ 1 bilhão na companhia, como informou o

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, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Tanure procurou representantes dos credores recentemente e apresentou informalmente a ideia. O novo plano de pagamento da Light encontrou mais simpatia entre pequenos credores. Um dos motivos é o fato de que eleva de R$ 10 mil para R$ 20 mil o valor que a companhia se propõe a pagar integralmente e à vista, de acordo com as fontes. Com a elevação do teto, a companhia consegue abranger uma fatia maior dos investidores que compraram debêntures da Light. Para um negociador ouvido pelo

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, o novo formato ainda não é o ideal, mas abre caminho para negociações, o que era impossível com o plano apresentado em julho. Contudo, a proposta de conversão não foi bem vista por negociadores dos bancos, de acordo com fontes que falaram sob condição de anonimato. "O problema é que, na visão deles, a proposta para quem não converte precisa ser bem ruim para forçar a conversão, que não é atrativa isoladamente. Isso gera um impasse", disse uma pessoa próxima das negociações. "O ideal seria que as duas propostas fossem razoáveis isoladamente para atrair quem tem esse apetite e não forçar quem não tem." Ao elaborar uma proposta que tende a agradar mais os pequenos credores, a Light poderia reunir um bloco de negociação e ganhar poder de barganha com os bancos. Os debenturistas, de diferentes perfis - pessoas físicas e fundos de investimento - somam R$ 7 bilhões. O universo de credores da elétrica abrange mais de 40 mil investidores pessoa física, 250 fundos de investimento e dez instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, conforme a companhia. A exposição da companhia a bancos está na casa de 8% do total das dívidas.

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