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Líder do BIS diz que governos devem agir para conter implacável escalada da dívida pública

O gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Agustín Carstens, defendeu nesta segunda-feira, 18, que os governos no mundo devem tomar ações para conter a "implacável" escalada da dívida pública. Em discurso durante ev

André Marinho (via Agência Estado)

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Escrito por André Marinho (via Agência Estado)
Publicado em 18.03.2024, 14:07:00 Editado em 18.03.2024, 14:11:08
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O gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Agustín Carstens, defendeu nesta segunda-feira, 18, que os governos no mundo devem tomar ações para conter a "implacável" escalada da dívida pública. Em discurso durante evento na Universidade de Frankfurt, Carstens argumentou que o processo de consolidação fiscal deve começar agora.

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Carstens lembrou que, no período imediatamente posterior à crise financeira global de 2008, o ambiente de juros baixos foi favorável à estabilização das contas públicas. Segundo ele, os déficits fiscais elevados e o alto endividamento pareciam sustentáveis, o que adiava a necessidade de se fazer "escolhas difíceis".

No entanto, com o aperto monetário implementado na sequência da pandemia de covid-19, o quadro mudou de figura, de acordo com ele. "As autoridades fiscais têm uma janela estreita para colocar a sua casa em ordem antes que a confiança do público nos seus compromissos comece a enfraquecer", afirmou.

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O líder do BIS projetou que a demanda por mais gastos públicos continuará a aumentar, diante do envelhecimento das populações, a emergência das mudanças climáticas e maior necessidade de despesas com defesa. Para ele, as autoridades fiscais precisam fornecer um caminho transparente e crível para assegurar a solvência das contas, idealmente apoiado por estruturas fiscais fortes.

Para ilustrar o argumento, Carstens citou a situação atual da Alemanha, que têm carga mais relaxada de custo de dívida e uma confiança das pessoas no fiscal. "Isto permite que as autoridades fiscais mantenham a confiança mesmo face a eventos adversos que exigem respostas políticas expansionistas", ressaltou.

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