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Juros: Taxas zeram queda e terminam de lado, alinhadas à piora dos Treasuries

Os juros futuros fecharam o dia de lado. Na maior parte da sessão desta "Super Quarta" de decisões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), estiveram em baixa, mas no fim da tarde zeraram o recuo. A curva dos Treasuries, que ontem pre

Denise Abarca (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Abarca (via Agência Estado)
Publicado em 20.09.2023, 18:06:00 Editado em 20.09.2023, 18:10:33
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Os juros futuros fecharam o dia de lado. Na maior parte da sessão desta "Super Quarta" de decisões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), estiveram em baixa, mas no fim da tarde zeraram o recuo. A curva dos Treasuries, que ontem pressionou as taxas locais para cima, continuou servindo como referência principal, e operou com volatilidade após o comunicado do Fed, com trajetória replicada nas taxas da B3.

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As curtas tiveram oscilação limitada, uma vez que estão consolidadas as apostas no corte de 0,50 ponto porcentual da Selic esta noite. O mercado aguarda o comunicado para medir as chances de ampliação do ritmo de queda nos próximos encontros.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,53%, de 10,48% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026, em 10,23%, de 10,18%. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 10,48%, de 10,44% ontem no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2029 encerrou em 10,99%, de 10,98%. O DI para janeiro de 2031 fechou estável em 11,29%.

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Como esperado, o Fed manteve os juros na faixa de 5,25% a 5,50% e o comunicado veio também relativamente dentro do previsto. O que surpreendeu foi o gráfico de pontos, com revisão para cima nas estimativas para juros em 2024 (de 4,6% para 5,1%) e 2025 (3,4% para 3,9%), em 50 pontos-base.

O quadro indica espaço menor para afrouxamento monetário e taxas em níveis restritivos por um período mais longo. Para 2023, a estimativa permaneceu em 5,6%, indicando novas altas nas próximas reuniões. "Também chamou a atenção o fato de que nas projeções de longo prazo 5 dos 19 votantes veem o juro acima da mediana de 2,5%, o que sugere a possibilidade de um juro de equilíbrio mais alto, algo mais estrutural", explica Francisco Nobre, economista da XP Investimentos, para quem tal fato é um ponto de atenção.

Na esteira da piora do gráfico de pontos, as taxas longas e intermediárias dos títulos dos EUA passaram a subir, com o yield da T-Note de dez anos chegando ao pico de 4,40%. Na sequência, o movimento foi dissipado pela entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, que não deu ênfase à mudança no gráfico de pontos, optando por repetir o tom das declarações recentes, de que os próximos movimentos estão atrelados aos dados e que o comitê vai avaliar tudo "reunião a reunião". "Estamos preparados para subir mais os juros, se for preciso", destacou Powell.

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No fim da tarde, a curva dos Treasuries voltou a piorar. Não somente a taxa da T-Note de dois anos bateu máxima em direção aos 5,20% como o yield da T-Note de dez anos voltou a subir e a mirar os 4,40%. Os DIs foram junto, zerando a queda que vinha prevalecendo desde manhã.

Internamente, o dia não teve agenda relevante. "O mercado local mira o comunicado do Copom, procurando sinais que possam justificar qualquer porta aberta para aceleração do passo", resumiu o co-gestor da Mesa Institucional de Títulos Públicos da Warren Rena, Luis Felipe Laudisio.

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