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Juros: taxas têm sessão mista, marcada por exterior e expectativa com Selic

Os juros futuros passaram a sexta-feira, 16, em trajetória de alta, mas a pressão perdeu força no meio da tarde e as taxas acabaram fechando entre a estabilidade e viés de baixa. O exterior foi apontado como principal condutor hoje dos negócios. Os juros

Denise Abarca (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Abarca (via Agência Estado)
Publicado em 16.06.2023, 18:19:00 Editado em 16.06.2023, 18:22:48
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Os juros futuros passaram a sexta-feira, 16, em trajetória de alta, mas a pressão perdeu força no meio da tarde e as taxas acabaram fechando entre a estabilidade e viés de baixa. O exterior foi apontado como principal condutor hoje dos negócios. Os juros dos Treasuries avançaram, assim como o dólar, com o aumento da percepção de novas altas de juros nos Estados Unidos, o que acabou reverberando por aqui. Porém, ajustes técnicos acabaram dissipando o movimento de avanço das taxas, dado ainda o ambiente de otimismo com os fundamentos econômicos no Brasil. A agenda local, com o IBC-Br acima do consenso e o IGP-10, abaixo, não chegou a alterar a convicção do mercado sobre o ciclo de cortes da Selic.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou a 13,025%, de 12,999% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 ficou em 11,140%, de 11,09%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,525%, de 10,56%, e o DI para janeiro de 2029, com taxa de 10,860% (de 10,90%). No balanço da semana, a curva teve ligeira inclinação, com a ponta curta estável ante os níveis da última sexta-feira e a longa com alta de menos de 10 pontos-base.

As taxas tinham avanço mais firme pela manhã, acompanhando a reação dos ativos externos a discursos de membros do Fed que fortaleceram as apostas de aperto de juro no encontro de política monetária de julho.

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Na esteira do IPCA de maio abaixo da mediana, vieram declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abrindo a guarda para um eventual corte "à frente" em evento com varejistas no começo da semana, mas a empolgação do mercado foi refreada pela entrevista do diretor do Renato Dias Gomes, ao Broadcast/Estadão, na qual disse que o BC não deve ter pressa para reduzir. Daí veio a S&P e melhorou a perspectiva da nota de crédito do Brasil (BB-), devolvendo animação aos ativos.

Dois indicadores na agenda da sexta-feira embasam a percepção positiva sobre a economia brasileira e a ideia de que o espaço para o Copom começar ao menos a sinalizar na reunião da semana que vem que uma queda da Selic na próxima está no radar.

O IGP-10 de junho caiu 2,20%, de -1,53% em maio, abaixo da mediana que apontava deflação de 2,12%. Já o IBC-Br de abril subiu 0,56% na margem, atingindo 148,33 pontos, no melhor desempenho desde dezembro de 2013. O número deve puxar revisões para cima de PIB no segundo trimestre, mas nada que interfira na avaliação de que as condições para o alívio monetário estão sendo cumpridas.

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