MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Juros: Taxas têm dia volátil, mas terminam em queda firme de olho no fiscal

A inclinação negativa da curva de juros continuou se ampliando nesta última sessão de novembro, com as taxas curtas fechando com viés de baixa e as longas em queda firme. O mercado voltou a olhar os possíveis impactos da variante Ômicron sobre a atividade

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.11.2021, 18:53:00 Editado em 30.11.2021, 19:00:13
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A inclinação negativa da curva de juros continuou se ampliando nesta última sessão de novembro, com as taxas curtas fechando com viés de baixa e as longas em queda firme. O mercado voltou a olhar os possíveis impactos da variante Ômicron sobre a atividade pelo lado desinflacionário e, além disso, a aprovação do relatório do senador Fernando Bezerra (MDB-PE) sobre a PEC dos precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado trouxe alívio nos prêmios - amplamente acentuado na sessão estendida após sinalizações de que o plenário pode votar o texto hoje.

continua após publicidade

Por outro lado, declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, foram lidas como conservadoras e seguraram um desempenho mais favorável da ponta curta. As taxas chegaram a piorar em bloco com o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre inflação e tapering, no começo da tarde, mas a reação se dissipou ao longo da segunda etapa.

A taxa dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 11,87% (regular) e 11,78% (estendida), de 11,896% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 11,595% para 11,49% (regular) e 11,40% (estendida). O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 11,38% (regular) e 11,31% (estendida), de 11,573%. Considerando os preços da etapa regular, o spread entre os contratos para janeiro de 2027 e janeiro de 2023, que no fim de outubro era de 13 pontos-base, encerrou novembro em -49 pontos, inversão que reflete sobretudo o aumento das apostas ao longo do mês num ciclo mais agressivo da Selic.

continua após publicidade

O desenho da curva se alterou várias vezes ao longo da terça-feira, com o mercado operando com um olho no exterior e outro nos eventos domésticos. Lá fora, a percepção de que a nova cepa do coronavírus tem potencial para resgatar lockdowns e medidas de isolamento pelo mundo voltou a prevalecer ao fato de que, aparentemente, é menos letal.

A CEO da Moderna, Stephane Bancel, cogitou que as vacinas existentes podem ser menos efetivas contra a Ômicron e que pode levar meses até que um imunizante específico seja desenvolvido e distribuído. O temor sobre o impacto na demanda derrubou em quase 6% os preços do petróleo, variável essa que tem sido um dos tormentos para a inflação no Brasil.

Do ponto de vista técnico, o Tesouro contribuiu para tirar pressão da curva ao ofertar um lote bem menor de NTN-B no leilão de hoje, de 850 mil títulos, contra 1,450 milhão na semana passada e 1,8 milhão na operação há duas semanas. Mas não vendeu tudo (694.200). Segundo a Renascença DTVM, o risco da operação (DV01) foi de US$ 290,5 mil, contra US$ 540,6 mil no leilão da semana passada.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Juros: Taxas têm dia volátil, mas terminam em queda firme de olho no fiscal"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!