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Juros: taxas sobem por preocupação com orçamento e ajuste residual pós-Copom

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) continuaram a subir nesta sexta-feira, 21, refletindo a reação dos investidores ao orçamento do governo para 2025 e, em menor grau, a continuidade dos ajustes na curva após a sinalização dada pelo Co

Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)

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Escrito por Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)
Publicado em 21.03.2025, 18:19:00 Editado em 21.03.2025, 18:26:38
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As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) continuaram a subir nesta sexta-feira, 21, refletindo a reação dos investidores ao orçamento do governo para 2025 e, em menor grau, a continuidade dos ajustes na curva após a sinalização dada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira, de pelo menos mais um aumento da Selic.

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O orçamento aprovado pelo Congresso prevê saldo positivo de R$ 15 bilhões nas contas públicas neste ano, mas o número foi visto com desconfiança pelo mercado. Primeiro, porque a conta não considera a despesa real do programa Pé-de-Meia, que foi subestimada no orçamento - ficou em R$ 1 bilhão, mas pode chegar a R$ 15,5 bilhões, consumindo todo o superávit previsto. Depois, porque o plano calcula receita maior e despesa menor que as estimativas de economistas e de técnicos do próprio governo.

A isso se somam sinais de que o governo segue avançando com medidas para estimular o consumo e com potencial impacto nas contas públicas. Hoje, veio à tona que está em fase final um projeto para lançar uma nova linha de crédito para pequenas reformas, que tem o nome provisório de Melhorias, e uma nova faixa do programa habitacional Minha Casa Minha Vida voltada para famílias de classe média com renda de até R$ 12 mil mensais.

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"Essa é mais uma das medidas, que se somam a tantas outras. O custo financeiro deve ser pouco, mas mesmo assim vai se sinalizando a intenção do governo de não cumprir a meta fiscal", disse Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, acrescentando que o mercado financeiro já calcula déficit primário de pouco mais de R$ 70 bilhões neste ano.

Os ajustes de posição após a decisão do Copom também contribuíram para que as taxas continuassem a avançar nesta sexta-feira.

Daniel Teles, especialista da Valor Investimentos, apontou que a reprecificação é reflexo direto da sinalização dada pelo Banco Central. "O mercado já está entendendo que a Selic terminal será de 15,00% a 15,50%, e isso afeta a ponta mais curta da curva, os DIs de 2027 e 2028", afirmou.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2026 subiu a 14,930%, de 14,878% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 aumentou a 14,780%, de 14,653%, e a taxa para janeiro de 2029 avançou a 14,535%, de 14,411%.

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