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Juros: Taxas sobem em meio a risk off global por temor de recessão nos EUA

Os juros futuros confirmaram o sinal de alta que perdurou desde a abertura, ainda reflexo da expectativa para a política monetária americana em função da surpresa negativa dos índices de inflação de ontem e de hoje nos Estados Unidos. A percepção de respo

Denise Abarca (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Abarca (via Agência Estado)
Publicado em 14.07.2022, 17:50:00 Editado em 14.07.2022, 17:56:37
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Os juros futuros confirmaram o sinal de alta que perdurou desde a abertura, ainda reflexo da expectativa para a política monetária americana em função da surpresa negativa dos índices de inflação de ontem e de hoje nos Estados Unidos. A percepção de resposta firme do Federal Reserve sustentou preocupações com o risco de recessão, mantendo o clima de risk off nos ativos, ainda que a aposta de alta de 100 pontos-base no juro americano em julho tenha perdido força. O dólar teve alta generalizada, ajudando a pesar no desempenho da curva local. No Brasil, a agenda trouxe o IBC-Br de maio mais fraco do que o esperado, mas sem mudanças na percepção sobre o plano de voo do Banco Central.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subiu de 13,881% ontem no ajuste para 13,90%, e a do DI para janeiro de 2024, de 13,772% para 13,875%. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa em 13,19%, de 13,075%. A do DI para janeiro de 2027 voltou aos 13,00%, de 12,92% ontem.

Embora a curva longa seja teoricamente mais sensível ao clima externo, as taxas intermediárias foram as que mais subiram, configurando uma desinclinação em relação aos vencimentos mais à frente. "O mercado deve fazer esta estratégia de curto/médio puxando mais por causa das apostas em BCs hawk e médio/longo mais contidos pelo risco de recessão", resumiu um profissional.

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Na esteira da inflação ao consumidor americano acima do esperado e no pico em 41 anos, hoje a inflação ao produtor surpreendeu o mercado ao avançar 1,1% (consenso de +0,8%), superando 11% em termos anuais. O núcleo, de +0,4%, porém, veio ligeiramente abaixo da mediana de (+0,5%).

Após romper 80% de probabilidade mais cedo, a chance de que o Fed aumente os juros em 100 pontos-base no fim deste mês voltou a ser minoritária no fim da tarde, segundo o CME Group, que calculava 56% de probabilidade para alta de 75 contra 44% de chance para alta de 100. O dirigente com direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), Christopher Waller, disse apoiar alta de 75 pontos, mas que não descarta 100. Tido como o mais hawkish dos diretores, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que defenderá 75 pontos na próxima reunião do dia 27.

Andra Alírio, operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos, acredita que a tendência de curto prazo é o mercado ficar operando apostas sobre a até onde o Fed pode chegar. "É difícil saber até onde vai a coragem, mas não deve ir até uma recessão profunda que possa desajustar a liquidez e os ativos. Seria altamente arriscado", disse.

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Na curva americana, as taxas tiveram desempenho misto. A da T-Note de dez anos subiu e a de 2 anos caiu, reduzindo o nível de inversão entre este dois vértices. O petróleo fechou em baixa, assim como as commodities metálicas e boa parte das matérias-primas agrícolas.

Na agenda local, o destaque foi a queda do IBC-Br de maio (-0,11%), quando o mercado esperava um leve crescimento de 0,10%. O dado não alterou a expectativa para o PIB do segundo trimestre, que até melhorou, segundo pesquisa do Projeções Broadcast (veja detalhes em matéria às 15h59).

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