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Juros: Taxas sobem com IPCA, petróleo e temor sobre greve de caminhoneiros

Os juros futuros fecharam o dia em alta, pressionados pelo indigesto IPCA de fevereiro às vésperas da reunião do Copom, aumento da aversão ao risco com o conflito no leste europeu - que afetou os preços do petróleo e o câmbio - e temor sobre greve dos cam

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.03.2022, 18:41:00 Editado em 11.03.2022, 18:51:37
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Os juros futuros fecharam o dia em alta, pressionados pelo indigesto IPCA de fevereiro às vésperas da reunião do Copom, aumento da aversão ao risco com o conflito no leste europeu - que afetou os preços do petróleo e o câmbio - e temor sobre greve dos caminhoneiros em função do reajuste nos preços dos combustíveis.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou a sessão regular em 13,14% e a estendida em 13,20%, de 13,042% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2024 passou de 12,80% para 12,99% (regular) e 13,111% (estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 12,44% (regular) e 12,58% (estendida), de 12,277% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 subiu de 12,146% para 12,21% (regular) e 12,37% (estendida).

Ao longo do dia, o IPCA de 1,01% no mês passado, contra 0,54% em janeiro e mediana das estimativas de 0,94%, reverberou sobre a curva até os vértices intermediários, que já sofriam desde ontem com o reajuste da Petrobras. Com a surpresa negativa e as novas pressões advindas da guerra iniciada no fim de fevereiro ainda a serem incorporadas ao IPCA nos próximos meses, mais uma leva de instituições revisou para cima suas projeções para o ano, como o Barclays, que passou a esperar IPCA de 6,2%, e o Banco Fibra que colocou sua projeção em 7,1%, o que seria o dobro da meta central de inflação de 3,5%.

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A retomada da alta do petróleo à tarde só fez ampliar os temores com o cenário inflacionário, colocando uma bomba no colo do Copom na quarta-feira. "A reunião já é na semana que vem e a guerra impõe uma dificuldade adicional, um quadro muito diferente do encontro anterior, quando os diretores sinalizaram intenção de desacelerar o ritmo de aperto", afirma a economista-chefe da MAG Investimentos, Patricia Pereira, para quem o ciclo vai ser mais longo e a Selic vai demorar mais a cair.

Os preços do petróleo subiram 3%, com o barril do Brent a US$ 112, em meio ao reforço nas sanções econômicas contra a Rússia anunciadas hoje pelo G7 e temores sobre o desenvolvimento de armas químicas.

Para Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital Modalmais, o conflito geopolítico na Ucrânia estressou os preços das commodities e vem provocando rupturas na economia global que não deverão ser resolvidas no curto prazo. "Soma-se a isso um provável ritmo de aperto monetário mais rápido nas economias desenvolvidas e a intempestividade da ala política em aprovar medidas de alto potencial fiscal", comentou, em relatório. Na próxima semana, no mesmo dia do Copom, haverá reunião do Federal Reserve, com expectativa de aperto de 25 ponto-base no juro americano.

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Na sessão estendida, as taxas renovaram máximas após a informação de que transportadores de carros e de combustíveis decidiram parar e não fazer novas viagens a partir de hoje. As empresas afirmaram que o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras inviabilizou o frete e que, até que as condições financeiras sejam restabelecidas, a frota ficará parada.

O temor é que o movimento ganhe força e se espalhe a outras categorias de transporte de cargas. Segundo a Renascença Política, representantes do Ministério da Infraestrurura dizem que ainda não há sinais de que haverá movimentos para impedir o trânsito dos caminhoneiros nas rodovias. "A situação mudaria a partir disso. A tendência é de que as lideranças dos movimentos de paralisação sejam procuradas pelo ministro Tarcísio nas próximas horas", afirmam os analistas.

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